Estado de Minas: 04/03/2013
Estados Unidos –
Médicos anunciaram ontem que um bebê foi curado de uma infecção de HIV
pela primeira vez, um desenvolvimento surpreendente que poderia levar ao
tratamento mais agressivo de bebês infectados ao nascimento e uma
redução acentuada no número de crianças que vivem com o vírus que causa a
Aids. O bebê, nascido na zona rural do Mississippi (EUA), foi tratado
com medicamentos antiretrovirais, começando em torno de 30 horas depois
do nascimento, algo que normalmente não é feito.
Se um estudo mais aprofundado mostrar que isso funciona em outros bebês, é praticamente certo que se modifique a forma de tratar recém-nascidos de mães infectadas em todo o mundo. As Nações Unidas estimam que 330 mil bebês recém-nascidos foram infectados em 2011, o ano mais recente para o qual há dados, e que mais de 3 milhões de crianças convivem com o HIV no mundo. Se o relatório for confirmado, a criança nascida no Mississippi seria apenas o segundo caso bem documentado de cura no mundo, dando um impulso à pesquisa destinada a uma cura, algo que há poucos anos pensava-se ser impossível.
A primeira pessoa curada foi Timothy Brown, conhecido como o "paciente de Berlim”, um homem de meia idade com leucemia, que recebeu um transplante de medula óssea de um doador geneticamente resistente à infecção de HIV. "Para a pediatria, esse é nosso Timothy Brown”, disse Deborah Persaud, professora associada na Centro the Johns Hopkins Children e principal autor do relatório sobre o bebê. "É a prova de princípio que nós podemos curar a infecção de HIV se pudermos replicar esse caso.”
leucemia Os casos, no entanto, são diferentes. A infecção de Brown foi completamente erradicada por meio de um tratamento elaborado para a leucemia em 2007, que envolveu a destruição de seu sistema imunológico, e graças à célula-tronco transplantada de um doador com uma mutação genética rara que resiste à infecção pelo HIV. No caso da menina do Mississipi, em vez de um tratamento dispendioso como o do paciente de Berlim, o tratamento envolveu a mistura de medicamentos amplamente disponíveis já utilizadas para tratar o vírus.
Alguns pesquisadores disseram que falta uma prova convincente de que o bebê tinha sido realmente infectado na gravidez. Se não, seria um caso de prevenção, algo já feito para bebês nascidos de mães infectadas. Persaud e alguns outros cientistas afirmaram que estavam certos de que o bebê tinha sido infectado. Havia cinco testes positivos no primeiro mês de vida do bebê – quatro para RNA viral e outra para DNA. E uma vez iniciado o tratamento, os níveis de vírus no sangue do bebê declinaram no padrão característico de pacientes infectados.
Persaud disse que também havia pouca dúvida de que a criança experimentou o que ela chamou de uma "cura funcional." A criança ficou se tratamento por um ano sem acusar a presença do vírus. Agora, ela estaria com dois anos e meio.
A mãe chegou a um hospital rural, no outono de 2010, já em trabalho de parto e deu à luz prematuramente. Ela não tinha visto um médico durante a gravidez e não sabia que tinha HIV. Quando um teste mostrou que a mãe pode estar infectada, o hospital transferiu o bebê para o centro médico da Universidade de Mississippi. Hannah B. Gay, professor de Pediatria, ordenou dois exames de sangue. Os testes encontraram um nível de vírus em cerca de 20 mil cópias por mililitro, bastante baixa para um bebê. Ele sugere que a infecção ocorreu no útero em vez de ser no parto. Normalmente, a um recém-nascido com mãe infectada seria dada uma ou duas drogas como medida profilática. Mas Gay disse que, com base na própria experiência, quase que imediatamente usou um regime de três drogas destinado a tratamento, não de profilaxia, nem mesmo aguardou os resultados do teste que confirma a infecção.
Os níveis de vírus rapidamente declinaram com tratamento e foram indetectáveis no momento em que o bebê completou um mês. Quando a mãe e o menino voltaram cinco meses mais tarde, Gay esperava ver cargas virais elevadas no bebê. Mas os testes foram negativos. Ela suspeitou de um erro de laboratório e requisitou mais testes. "Para minha surpresa maior, todos foram negativos."
Se um estudo mais aprofundado mostrar que isso funciona em outros bebês, é praticamente certo que se modifique a forma de tratar recém-nascidos de mães infectadas em todo o mundo. As Nações Unidas estimam que 330 mil bebês recém-nascidos foram infectados em 2011, o ano mais recente para o qual há dados, e que mais de 3 milhões de crianças convivem com o HIV no mundo. Se o relatório for confirmado, a criança nascida no Mississippi seria apenas o segundo caso bem documentado de cura no mundo, dando um impulso à pesquisa destinada a uma cura, algo que há poucos anos pensava-se ser impossível.
A primeira pessoa curada foi Timothy Brown, conhecido como o "paciente de Berlim”, um homem de meia idade com leucemia, que recebeu um transplante de medula óssea de um doador geneticamente resistente à infecção de HIV. "Para a pediatria, esse é nosso Timothy Brown”, disse Deborah Persaud, professora associada na Centro the Johns Hopkins Children e principal autor do relatório sobre o bebê. "É a prova de princípio que nós podemos curar a infecção de HIV se pudermos replicar esse caso.”
leucemia Os casos, no entanto, são diferentes. A infecção de Brown foi completamente erradicada por meio de um tratamento elaborado para a leucemia em 2007, que envolveu a destruição de seu sistema imunológico, e graças à célula-tronco transplantada de um doador com uma mutação genética rara que resiste à infecção pelo HIV. No caso da menina do Mississipi, em vez de um tratamento dispendioso como o do paciente de Berlim, o tratamento envolveu a mistura de medicamentos amplamente disponíveis já utilizadas para tratar o vírus.
Alguns pesquisadores disseram que falta uma prova convincente de que o bebê tinha sido realmente infectado na gravidez. Se não, seria um caso de prevenção, algo já feito para bebês nascidos de mães infectadas. Persaud e alguns outros cientistas afirmaram que estavam certos de que o bebê tinha sido infectado. Havia cinco testes positivos no primeiro mês de vida do bebê – quatro para RNA viral e outra para DNA. E uma vez iniciado o tratamento, os níveis de vírus no sangue do bebê declinaram no padrão característico de pacientes infectados.
Persaud disse que também havia pouca dúvida de que a criança experimentou o que ela chamou de uma "cura funcional." A criança ficou se tratamento por um ano sem acusar a presença do vírus. Agora, ela estaria com dois anos e meio.
A mãe chegou a um hospital rural, no outono de 2010, já em trabalho de parto e deu à luz prematuramente. Ela não tinha visto um médico durante a gravidez e não sabia que tinha HIV. Quando um teste mostrou que a mãe pode estar infectada, o hospital transferiu o bebê para o centro médico da Universidade de Mississippi. Hannah B. Gay, professor de Pediatria, ordenou dois exames de sangue. Os testes encontraram um nível de vírus em cerca de 20 mil cópias por mililitro, bastante baixa para um bebê. Ele sugere que a infecção ocorreu no útero em vez de ser no parto. Normalmente, a um recém-nascido com mãe infectada seria dada uma ou duas drogas como medida profilática. Mas Gay disse que, com base na própria experiência, quase que imediatamente usou um regime de três drogas destinado a tratamento, não de profilaxia, nem mesmo aguardou os resultados do teste que confirma a infecção.
Os níveis de vírus rapidamente declinaram com tratamento e foram indetectáveis no momento em que o bebê completou um mês. Quando a mãe e o menino voltaram cinco meses mais tarde, Gay esperava ver cargas virais elevadas no bebê. Mas os testes foram negativos. Ela suspeitou de um erro de laboratório e requisitou mais testes. "Para minha surpresa maior, todos foram negativos."
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