GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Um novo estudo publicado na revista "Nature" usou uma sofisticada modelagem de computador para simular os efeitos do aquecimento global no degelo de quatro grandes geleiras da Groenlândia e sua consequente interferência na elevação do nível do oceano.
Dirk van As/Divulgação |
Gelo se parte na geleira Kangiata Nunata Sermia, uma das estudadas pelos cientistas |
O grupo verificou que o ritmo de derretimento não deve acompanhar as rápidas taxas dos últimos anos, mas isso não significa que as geleiras irão parar de diminuir.
O estudo prevê que as geleiras acrescentarão algo em torno de 19 mm a 30 mm até 2200 em um cenário de aquecimento moderado, de de 2,8°C. Já em um mundo 4,5°C quente, o incremento poderia chegar a 49 mm no mesmo período.
"É um estudo interessante porque a questão de cenários para essas geleiras da Groenlândia não apareceu muito no último relatório do IPCC (painel da ONU sobre as mudanças climáticas), diz o climatologista José Marengo, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Segundo ele, esses novos dados já devem ser levados em consideração na publicação do próximo relatório, em setembro.
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