segunda-feira, 6 de maio de 2013

Mônica Bergamo

folha de são paulo

Celebridades se articulam para lançar manifesto contra lei das biografias

DE SÃO PAULO

Um grupo de celebridades tendo Roberto Carlos como símbolo está se articulando para lançar um manifesto contra o projeto de lei que autoriza biografias sem a autorização da pessoa retratada ou de sua família. A proposta já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
VOZ
Uma das ideias é propor que as biografias possam, sim, ser feitas sem autorização. Desde que não pudessem ser comercializadas, ou seja, lançadas por editoras em livrarias e em outros pontos de venda. Elas seriam apenas distribuídas em escolas e bibliotecas. "O projeto fala em acesso à cultura. Mas desde quando deixar um oportunista escrever para ganhar dinheiro é cultura?", diz Dody Sirena, empresário de Roberto Carlos.
ESPARADRAPO
O manifesto, caso seja mesmo divulgado, deve sofrer fortes críticas de escritores, intelectuais e editores.
APAGA O MEU NOME
E Chico Buarque pediu para retirar seu nome do abaixo-assinado Vivo de Música, contra a multa de R$ 38,2 milhões aplicada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) ao Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), depois da reunião que teve na semana passada com compositores e técnicos que têm mais conhecimento do assunto. Oitocentos artistas já subscreveram o manifesto.
COMPASSO
O compositor ouviu objeções ao documento e preferiu esperar enquanto não esclarece alguns pontos. Nova reunião deve ocorrer nos próximos dias.
ANTESSALA
Mais novo "candidato" a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Herman Benjamin, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), tem "postura firme nas questões fiscais em prol do governo", segundo um de seus colegas. E é avançado em temas como ambiente e direito do consumidor. Ele nasceu em Catolé do Rocha, na Paraíba. Estudou no Rio de Janeiro e fez carreira no Ministério Público de SP.
BARRADOS NA DISNEYLÂNDIA
A cantora Baby do Brasil e o filho Pedro Baby, guitarrista, gravaram o programa "Estúdio MTV", na quinta, em São Paulo. Os VJs Gaía Passarelli e Didi Effe foram assistir ao show para convidados.

Baby do Brasil faz show para plateia de VIPs

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Zanone Fraissat/Folhapress
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A VJ Gaía Passarelli foi uma das convidadas do show que a cantora Baby do Brasil fez para gravação da MTV, em um estúdio no Butantã
DJ E MODELO
Dez mulheres que trabalham como DJs serão clicadas em poses sensuais pelos fotógrafos Angelo Pastorello e Fabrizio Fasano. O resultado estará na exposição "Beauty and Beats", que será inaugurada no dia 15, na Casa Fasano. As eleitas foram Thricie, Dai Ferreira, Carla Schwiderski, Dot Larissa, Lara Luz, Van Storck, Ingrid SP, Juliana Lopes, Thais Pio e Lika Marques.
CHURRASQUINHO
O vilão Leatherface (Cara de Couro), de "O Massacre da Serra Elétrica", estará na avenida Paulista, hoje, em frente à Fnac, distribuindo espetinhos de churrasco. A ação faz parte do lançamento conjunto do novo filme da saga e do livro "O Massacre da Serra Elétrica - [Arquivos Sangrentos]", da editora DarkSide Books.
CORAÇÃO OUVE A RAZÃO
A cantora Céu participará pela primeira vez do Prêmio da Música Brasileira, que neste ano homenageia o cantor e compositor Tom Jobim. Ela escolheu a música "Insensatez" para apresentar no Theatro Municipal do Rio, no dia 12 de junho.
NERVOS DE AÇO
O musical "Vingança", inspirado nas canções de Lupicínio Rodrigues, teve pré-estreia para convidados no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. O espetáculo é de autoria de Anna Toledo, que também atua e canta na produção. Integram ainda o elenco Andrea Marquee, Ana Carolina Machado, Jonathas Joba, Luciano Andrey e Sérgio Rufino. A direção musical é de Guilherme Terra e a geral, de André Dias. O ator Daniel Boaventura estava na plateia do CCBB.

Daniel Boaventura e Amanda Acosta vão a estreia de peça

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Zanone Fraissat/Folhapress
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O ator Daniel Boaventura esteve na pré-estreia para convidados do espetáculo "Vingança, o Musical", no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil)
ELEITOR NÃO LIGA SE POLÍTICO É GAY
Conhecido como o "George Clooney" da Assembleia Nacional da França, o deputado Sergio Coronado, 42, é o representante dos franceses radicados na América Latina no parlamento daquele país. Chileno, ele vive há 20 anos em Paris e foi naturalizado francês. Tomou posse em julho e, em meio à discussão sobre o recém-aprovado projeto que autoriza o casamento gay, assumiu no Twitter que é homossexual. Membro do Partido Ecologista e aliado do presidente François Hollande, ele falou com a coluna na semana passada, em SP.
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Folha - O que o senhor acha de Marina Silva?
Sergio Coronado - Gosto dela, mas queria que ela defendesse uma ecologia mais progressista. Marina está contra o direito ao aborto e os direitos políticos das minorias. É conservadora.
E sobre a tentativa dela de criar um novo partido, a Rede?
Política é uma aventura coletiva. O personalismo é sempre muito complicado. O interessante é criar partidos que se apoiem sobre ideias e projetos conjuntos. E não somente dizer: "Os que me querem que me sigam".
Zanone Fraissat/Folhapress
O deputado francês Sergio Coronado em São Paulo
O deputado francês Sergio Coronado em São Paulo
Por que o senhor decidiu assumir que é gay?
É mais fácil viver normalmente do que escondido. Não julgo as pessoas, mas ser o que se é publicamente é uma grande liberdade. E creio que os eleitores não se importam. O que interessa é o compromisso dos candidatos e como procedem. Não importa a pessoa ser casada, solteira, gay ou não.
O que o senhor pensa sobre o fato de a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados ser presidida por Marco Feliciano (PSC-SP), considerado preconceituoso?
Esse tipo de intolerância deve acabar. A democracia também se mede pelo trato que se dá às mulheres, às crianças e às minorias.
Ele foi escolhido democraticamente.
Sim, porém o voto democrático lhe outorga uma responsabilidade muito grande, não uma impunidade.
Como vê o Brasil?
O país teve uma revolução impressionante nos últimos dez a 15 anos, com um crescimento que hoje em dia não temos na Europa e um peso internacional maior. Minha única crítica é o descuido com o ambiente. O governo não tem avançado no desenvolvimento sustentável.
Na França houve denúncias recentes de corrupção envolvendo diferentes governos.
Cada país tem o seu mensalão. Creio que a atuação pública exige exemplaridade. Todo político deve agir de maneira transparente, e organismos de controle têm que ser fortes. Isso me parece muito importante na política de Dilma Rousseff, que é bastante intransigente com esse tema [corrupção]. Mas ainda há muito a fazer.
Mônica Bergamo
Mônica Bergamo, jornalista, assina coluna diária publicada na página 2 da versão impressa de "Ilustrada". Traz informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999.

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