Folha de São Paulo
Tucano evita comemorar queda de Dilma e afirma que governos não atendem demandas da população
Senador do DEM diz que petista está 'sem rumo'; Presidente do PPS cobra corte de comissionados, gastos e ministérios
"As pesquisas indicam o que os protestos que mobilizam o país já mostravam: uma insatisfação dos brasileiros que, acredito, não seja apenas com relação à presidente Dilma, mas com a classe política como um todo, em razão da ausência de respostas efetivas aos problemas enfrentados pelas pessoas", disse o tucano, em nota.
Para Aécio, cabe a "todos nós analisarmos com humildade e responsabilidade esse importante recado", decorrente de "deficits acumulados ao longo dos anos".
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse que a pesquisa acende "sinal amarelo" no governo. "É sinal de que os problemas se acumularam na economia, na saúde, na educação e o povo percebeu que ela [Dilma] não toma medidas eficazes para resolver", afirmou. "Eu diria para a presidente que é hora de governar."
Para o tucano, as propostas da presidente lançadas nos últimos dias para responder as manifestações das ruas estão apenas desviando o foco para o Congresso sem tratar de problemas que são de sua responsabilidade.
Questionado se o Datafolha traz algum indicativo para as eleições de 2014, o senador foi cauteloso. "É um sinal amarelo, mas não é um quadro definitivo para eleições. Tem muito tempo. Ela pode se recuperar ou afundar de vez, depende sobretudo dela".
Para o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), a pesquisa mostra que o governo está "sem rumo e encurralado". Segundo ele, a sociedade percebeu que a "fragilidade econômica denunciada há muito tempo pela oposição é uma realidade".
"A população explodiu com os gastos da Copa e deu isso tudo que nós estamos vendo nas ruas. Essa avalanche da popularidade é a constatação em número do que as ruas estão mostrando: um governo cheio de equívocos", disse.
Presidente do PPS, Roberto Freire (SP) disse que a pesquisa mostra que "o governo precisa entender que não pode viver só de propaganda".
"Essa pesquisa é um anúncio de que a crise vai ser maior do que se esperava e o governo precisa reagir e não é propondo plebiscito [para apontar itens da reforma política]", completou. Ele defende que o governo reduza ministérios e altere a política econômica.
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