Bruno Ferrari
Oncologista
Estado de Minas: 07/09/2013
Como ocorre todos os
anos, em 29 de agosto, o Brasil voltou os olhos para os riscos que o
consumo de tabaco traz à saúde. Todos nós, em maior ou menor grau,
sofremos dos males que o cigarro acarreta. De acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte
evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial
adulta, ou seja, mais de dois bilhões de pessoas, sejam fumantes. Mesmo
com as incisivas campanhas governamentais mostrando os males que tal
vício acarreta, a maior fatia desse universo é constituído por jovens.
Outros levantamentos comprovam que, aproximadamente, 47% de toda a
população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Pior do
que saber que a maioria dos fumantes é de jovens é o dado apurado pela
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Segundo a revista científica
New England, nas casas onde há um fumante, os demais moradores têm 31% a
mais de risco de sofrer um acidente vascular cerebral isquêmico do que
uma pessoa que mora em um ambiente livre do tabaco. Ou seja, mesmo sem
dar uma única tragada, o fumante passivo também sofre as consequências
do vício.
O cigarro está relacionado, como fator desencadeador, a nada menos que 30% dos cerca de 100 tipos de câncer conhecidos. Em muitas dessas modalidades da doença, como os cânceres de pulmão e de boca, o tabagismo é fator predominante na origem das patologias. No dia a dia clínico, recebemos rotineiramente pacientes cuja origem do câncer é, seguramente, o (mau) hábito de fumar. Não há vício que mate mais no mundo do que o tabagismo. O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de óbitos anuais, o que corresponde a mais de 10 mil por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta por volta de 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva, ou seja, entre 35 e 69 anos. Nos últimos anos, o hábito de fumar ainda persiste entre 25% da população brasileira. E grande parte desse contingente é formado por jovens, o que torna o dado ainda mais preocupante. Pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada pelo Ministério da Saúde e divulgada pelo Estado de Minas (Gerais, 30/8/2013), mostra que o número de fumantes tem caído ano a ano. Nos últimos seis anos, de acordo com o levantamento, eles já diminuíram de 15% para 12% da população. Mesmo assim, é um número ainda considerável. Um em cada oito brasileiros está sujeito aos males que o fumo acarreta. Precisamos não de um dia para tratar dos males que o cigarro traz à saúde, mas de toda uma política pública voltada a tal fim. A OMS já criou o programa Tabaco ou Saúde na América Latina, cujo objetivo é estimular e apoiar políticas e atividades controle do tabagismo nessa região, e no apoio à elaboração da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, idealizada pela OMS para estabelecer padrões de controle do tabagismo em todo o mundo. Importante, mas ainda insuficiente dada a gravidade do problema.
O cigarro está relacionado, como fator desencadeador, a nada menos que 30% dos cerca de 100 tipos de câncer conhecidos. Em muitas dessas modalidades da doença, como os cânceres de pulmão e de boca, o tabagismo é fator predominante na origem das patologias. No dia a dia clínico, recebemos rotineiramente pacientes cuja origem do câncer é, seguramente, o (mau) hábito de fumar. Não há vício que mate mais no mundo do que o tabagismo. O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de óbitos anuais, o que corresponde a mais de 10 mil por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta por volta de 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva, ou seja, entre 35 e 69 anos. Nos últimos anos, o hábito de fumar ainda persiste entre 25% da população brasileira. E grande parte desse contingente é formado por jovens, o que torna o dado ainda mais preocupante. Pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada pelo Ministério da Saúde e divulgada pelo Estado de Minas (Gerais, 30/8/2013), mostra que o número de fumantes tem caído ano a ano. Nos últimos seis anos, de acordo com o levantamento, eles já diminuíram de 15% para 12% da população. Mesmo assim, é um número ainda considerável. Um em cada oito brasileiros está sujeito aos males que o fumo acarreta. Precisamos não de um dia para tratar dos males que o cigarro traz à saúde, mas de toda uma política pública voltada a tal fim. A OMS já criou o programa Tabaco ou Saúde na América Latina, cujo objetivo é estimular e apoiar políticas e atividades controle do tabagismo nessa região, e no apoio à elaboração da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, idealizada pela OMS para estabelecer padrões de controle do tabagismo em todo o mundo. Importante, mas ainda insuficiente dada a gravidade do problema.
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