DE SÃO PAULO
DO "AGORA"
O coronel Ubiratan Guimarães, comandante do Massacre do Carandiru em 1992, foi morto por vingança, possivelmente de pessoas envolvidas em um esquema de caixa dois de campanha eleitoral.
Essa é a principal tese que será sustentada pela defesa da advogada Carla Cepollina, 46, namorada do coronel em 2006, quando ele foi encontrado morto no apartamento em que morava nos Jardins (zona oeste de São Paulo). Ele levou um tiro no abdômen.
O júri popular que decidirá se ela é culpada ou inocente do crime está programado para começar hoje, às 13h, no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste de SP). Deve durar de três a cinco dias.
Liliana Prinzivalli, mãe e advogada de Carla, diz que dias após o crime uma carta anônima com informações sobre um suposto esquema de corrupção eleitoral foi enviada à polícia. A carta, de acordo com ela, apontava que a morte do coronel teria relação com isso --ele foi deputado estadual e, na época do crime, concorria à reeleição.
"A carta conta detalhes. Diz que ele deveria receber R$ 1 milhão na segunda [após o crime]. Quem matou ficou com esse dinheiro", diz ela.
A advogada também deve destacar aos jurados traços da personalidade do coronel Ubiratan, um homem "de temperamento forte, com muitos inimigos".
Para o promotor João Carlos Calsavara, responsável pela acusação, há provas de que o crime foi passional. Carla teria dado o tiro por ciúme de uma ex-namorada de Guimarães, a delegada da Polícia Federal Renata Madi --ela será uma das cinco testemunhas de acusação.
Carla será julgada por homicídio triplamente qualificado (por crueldade, motivo fútil e sem chance de defesa).
Caio Guatelli-11.jun.08/Folhapress |
Carla Cepollina (à esq.), acusada de matar o coronel Ubiratan |
CARLA CEPOLLINA
Carla Cepollina, 46, responde em liberdade e nunca foi presa. Se condenada, pode ficar 30 anos na prisão.
De família rica, estudou no colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais de São Paulo. Boa aluna, cursou administração na FGV (Fundação Getulio Vargas) e direito na USP.
Segundo a mãe, Liliana Prinzivalli, a filha e o coronel se conheceram por meio de um parente de Carla, da Polícia Militar. Namoraram por dois anos e meio.
Desde que foi acusada, Carla passou a trabalhar fazendo traduções e administrando os bens da família.
Liliana diz que a filha deixou de ter vida social. "Uma acusação dessa pesa muito."(TALITA BEDINELLI E SIMEI MORAIS)
Editoria de Arte/Folhapress | ||
CRIME
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, o coronel Ubiratan foi baleado em seu apartamento, nos Jardins ( zona oeste), no dia 9 de setembro de 2006.
A investigação da polícia apontou Cepollina como única responsável pelo crime. Ela foi a última pessoa a ser vista entrando no apartamento, e, segundo a polícia, sua motivação seria o ciúme.
Ela foi indiciada pela polícia e denunciada pelo Ministério Público sob a acusação de homicídio duplamente qualificado --por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Ré pode ficar até 30 anos presa se for condenada
DE SÃO PAULO
Carla Cepollina, 46, responde em liberdade e nunca foi presa. Se condenada, pode ficar 30 anos na prisão.
De família rica, estudou no colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais de São Paulo. Boa aluna, cursou administração na FGV (Fundação Getulio Vargas) e direito na USP.
Segundo a mãe, Liliana Prinzivalli, a filha e o coronel se conheceram por meio de um parente de Carla, da Polícia Militar. Namoraram por dois anos e meio.
Desde que foi acusada, Carla passou a trabalhar fazendo traduções e administrando os bens da família.
Liliana diz que a filha deixou de ter vida social. "Uma acusação dessa pesa muito."
De família rica, estudou no colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais de São Paulo. Boa aluna, cursou administração na FGV (Fundação Getulio Vargas) e direito na USP.
Segundo a mãe, Liliana Prinzivalli, a filha e o coronel se conheceram por meio de um parente de Carla, da Polícia Militar. Namoraram por dois anos e meio.
Desde que foi acusada, Carla passou a trabalhar fazendo traduções e administrando os bens da família.
Liliana diz que a filha deixou de ter vida social. "Uma acusação dessa pesa muito."
Nenhum comentário:
Postar um comentário