sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Biblioteca Nacional anula prêmio para obra de Drummond

folha de são paulo


RAQUEL COZER

COLUNISTA DA FOLHA
A Fundação Biblioteca Nacional voltou atrás na decisão de agraciar a obra "Poesia 1930-62" (Cosac Naify), de Carlos Drummond de Andrade (1902-87), organizada por Júlio Castañon Guimarães, no Prêmio de Poesia Alphonsus de Guimaraens. O novo vencedor ainda não foi anunciado.
O resultado, divulgado em 21 de dezembro, foi questionado por recurso enviado pelo poeta Marcus Fabiano, que concorria ao prêmio. Uma petição on-line pela anulação do resultado reuniu, nos últimos dias, 250 assinaturas.
O argumento principal para a anulação era o de que, segundo o edital, a inscrição só poderia ser feita pelo autor ou pela editora mediante autorização por escrito do autor --que, no caso, morreu há 25 anos. Na lista divulgada pela FBN, Bernardo Ajzenberg, diretor executivo da Cosac Naify, aparecia como vencedor por ser "detentor de direitos autorais".
O recurso apresentado à instituição também questionava a possibilidade de a obra ter sido julgada como edição crítica. "O certame não poderia avaliar ensaios ou textos desse teor, mas apenas poesia propriamente dita", dizia o texto.
Na semana passada, os jurados --os poetas Carlito Azevedo, Francisco Orban e Leila Míccolis-- se reuniram na Biblioteca Nacional, no Rio, mas não conseguiram chegar a um consenso sobre o novo livro a ser premiado, motivo pelo qual a instituição não anunciou a decisão no início desta semana.
Foram então indicadas três obras para que o Departamento de Economia do Livro escolha a vencedora. Segundo a FBN, o resultado deve ser conhecido entre hoje e o início da semana que vem.

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