Estado de Minas: 17/04/2013
Cientistas
franceses derrubaram um pilar do senso comum ao contradizer o argumento
de que as mães seriam mais capazes do que os pais de reconhecer o choro
de seus bebês, segundo estudo publicado na edição de ontem da revista
científica Nature Communications. A noção do “instinto materno” ganhou o
suporte da ciência mais de três décadas atrás por meio de dois
experimentos, um dos quais revelou que as mulheres seriam duas vezes
mais precisas do que os homens em identificar o choro do filho. Mas,
segundo o novo estudo, homens e mulheres são igualmente capazes e a
precisão depende apenas da quantidade de tempo que o pai ou a mãe passa
com a criança.
Cientistas liderados por Nicolas Mathevon, da Universidade de Saint-Etienne, gravaram os choros de 29 bebês com idades entre 58 e 153 dias, durante o banho das crianças. Quinze bebês eram procedentes da França e outros 14, da República Democrática do Congo. A ideia de obter amostras de choros de crianças africanas e europeias visou a verificar se a cultura local e os hábitos de família afetariam os resultados.
Todas as mães e metade dos pais passaram mais de quatro horas do dia com o filho. Os outros pais passaram menos de quatro horas diárias com a criança. Pediu-se aos pais que ouvissem uma gravação de três choros diferentes de cinco bebês com idades similares, sendo que um deles era de seu próprio filho. Os experimentos foram realizados em duas sessões. Em média, pais e mães conseguiram identificar o choro do próprio filho em 90% dos casos. As mães foram 98% precisas e os pais que passaram mais de quatro horas por dia com seus bebês alcançaram uma precisão de 90%.
Os pais que passaram menos de quatro horas diárias com a criança só alcançaram uma precisão de 75%. Segundo o estudo, a hipótese do "instinto materno" é inválido, uma vez que as pesquisas do final dos anos 1970 e começo dos anos 1980 não levaram em conta o tempo que os pais passaram com seus filhos. Em termos biológicos, homens e mulheres são "procriadores cooperativos", assim a ideia de que um gênero é melhor do que o outro em um mecanismo básico de proteção do bebê é inadequado, ressaltou Mathevon.
Cientistas liderados por Nicolas Mathevon, da Universidade de Saint-Etienne, gravaram os choros de 29 bebês com idades entre 58 e 153 dias, durante o banho das crianças. Quinze bebês eram procedentes da França e outros 14, da República Democrática do Congo. A ideia de obter amostras de choros de crianças africanas e europeias visou a verificar se a cultura local e os hábitos de família afetariam os resultados.
Todas as mães e metade dos pais passaram mais de quatro horas do dia com o filho. Os outros pais passaram menos de quatro horas diárias com a criança. Pediu-se aos pais que ouvissem uma gravação de três choros diferentes de cinco bebês com idades similares, sendo que um deles era de seu próprio filho. Os experimentos foram realizados em duas sessões. Em média, pais e mães conseguiram identificar o choro do próprio filho em 90% dos casos. As mães foram 98% precisas e os pais que passaram mais de quatro horas por dia com seus bebês alcançaram uma precisão de 90%.
Os pais que passaram menos de quatro horas diárias com a criança só alcançaram uma precisão de 75%. Segundo o estudo, a hipótese do "instinto materno" é inválido, uma vez que as pesquisas do final dos anos 1970 e começo dos anos 1980 não levaram em conta o tempo que os pais passaram com seus filhos. Em termos biológicos, homens e mulheres são "procriadores cooperativos", assim a ideia de que um gênero é melhor do que o outro em um mecanismo básico de proteção do bebê é inadequado, ressaltou Mathevon.
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