Em cada mercado particular, no de tomate, por exemplo, os preços variam em função das características da demanda e da oferta.
Do lado da demanda, ela é condicionada por hábitos culturalmente determina- dos (as donas de casa têm dificuldade de substituí-los nas receitas que aprenderam com suas avós).
Dizemos, então, que ela é inelástica em relação aos preços. Em outras palavras: é preciso um exorbitante aumento dos preços para demovê-las de usar tomate.
Do lado da oferta, ela é fixa no curto prazo (depende da área plantada há 90 dias em resposta aos estímulos recebidos dos preços no momento do plantio).
Se há um problema climático ou uma doença na lavoura que reduzam dramaticamente a quantidade ofertada (que só pode ser aumentada em 90 dias), o equilíbrio entre a oferta e a procura no curto prazo exige um dramático aumento do preço. Isso não é inflação. É um ajuste de preço relativo, que cortará a demanda de tomate para ajustá-la ao nível da oferta.
Já o processo inflacioná- rio, por sua vez, revela um desequilíbrio simultâneo e persistente em todos os mercados, que é corrigido por um contínuo e generaliza- do aumento de todos os preços nominais.
Para medi-lo, constrói- se uma média de todos os preços ponderados de acor- do com a quantidade con- sumida de cada bem ou ser- viço num momento toma- do como base.
O resultado é um "preço" abstrato, o Índice Nacio- nal de Preços ao Consumi- dor Amplo, o IPCA. A taxa de inflação é medida pela magnitude da variação do Índice Nacional de Preços ao Con- sumidor Amplo entre dois momentos convenientemen- te escolhidos.
A existência de um preço "abstrato" --o IPCA-- sugere que ele próprio possa ser considerado como o de "equilíbrio" entre abstratas "oferta" e "demanda" globais, mas que não serão independentes entre si como no caso do mercado de tomates.
Já ensinava o grande eco-nomista inglês Alfred Marshall, no século 19, que é tão impossível separar os efeitos da oferta e da procu- ra na formação do preço quanto é saber "qual das duas lâminas da tesoura corta a folha de papel".
Talvez seja por isso que tanto podemos ter uma inflação de "demanda" quando o Produto Interno Bruto está acima do seu "potencial", quanto uma inflação de "custo" quando o Produto Inter- no Bruto está abaixo dele, devido a importantes choques de oferta ou de aumentos do salário nominal acima da produtividade do trabalho.
Do lado da demanda, ela é condicionada por hábitos culturalmente determina- dos (as donas de casa têm dificuldade de substituí-los nas receitas que aprenderam com suas avós).
Dizemos, então, que ela é inelástica em relação aos preços. Em outras palavras: é preciso um exorbitante aumento dos preços para demovê-las de usar tomate.
Do lado da oferta, ela é fixa no curto prazo (depende da área plantada há 90 dias em resposta aos estímulos recebidos dos preços no momento do plantio).
Se há um problema climático ou uma doença na lavoura que reduzam dramaticamente a quantidade ofertada (que só pode ser aumentada em 90 dias), o equilíbrio entre a oferta e a procura no curto prazo exige um dramático aumento do preço. Isso não é inflação. É um ajuste de preço relativo, que cortará a demanda de tomate para ajustá-la ao nível da oferta.
Já o processo inflacioná- rio, por sua vez, revela um desequilíbrio simultâneo e persistente em todos os mercados, que é corrigido por um contínuo e generaliza- do aumento de todos os preços nominais.
Para medi-lo, constrói- se uma média de todos os preços ponderados de acor- do com a quantidade con- sumida de cada bem ou ser- viço num momento toma- do como base.
O resultado é um "preço" abstrato, o Índice Nacio- nal de Preços ao Consumi- dor Amplo, o IPCA. A taxa de inflação é medida pela magnitude da variação do Índice Nacional de Preços ao Con- sumidor Amplo entre dois momentos convenientemen- te escolhidos.
A existência de um preço "abstrato" --o IPCA-- sugere que ele próprio possa ser considerado como o de "equilíbrio" entre abstratas "oferta" e "demanda" globais, mas que não serão independentes entre si como no caso do mercado de tomates.
Já ensinava o grande eco-nomista inglês Alfred Marshall, no século 19, que é tão impossível separar os efeitos da oferta e da procu- ra na formação do preço quanto é saber "qual das duas lâminas da tesoura corta a folha de papel".
Talvez seja por isso que tanto podemos ter uma inflação de "demanda" quando o Produto Interno Bruto está acima do seu "potencial", quanto uma inflação de "custo" quando o Produto Inter- no Bruto está abaixo dele, devido a importantes choques de oferta ou de aumentos do salário nominal acima da produtividade do trabalho.
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