Novo disco de Michel Teló junta sanfona,
música sertaneja, eletrônica e ritmos dançantes. Fenômeno mundial do
YouTube, o cantor lança vídeo interativo com nomes e fotos de fãs
Ana Clara Brant
Estado de Minas: 22/05/2013
São Paulo
– Se antes a farra se restringia a uma noite de sábado, como diz a
letra do sucesso mundial Ai se eu te pego, agora o clima de festa se
expandiu e dá o tom do novo trabalho do fenômeno Michel Teló, que será
lançado oficialmente amanhã. Michel Teló – Na balada sunset, que reúne
CD e DVD, foi gravado em três praias que têm tudo a ver com essa vibe:
Jurerê (Santa Catarina), Guarujá (São Paulo) e Angra dos Reis (Rio de
Janeiro).
“A gente quis fazer um disco de balada, com praia,
gente bonita e alto astral. Essa é a realidade da música sertaneja hoje.
Tem batida eletrônica, mas com elementos do sertanejo, como a sanfona. O
clima das gravações foi ótimo e as pessoas vão perceber isso”, destaca
Teló.
Belo Horizonte será uma das primeiras cidades a conhecer Na
balada sunset. Sábado, o cantor se apresenta no Galopeira. “Estamos
preparando esse show com muito carinho. Bem interativo, tem telões de
LED se movendo e vou mostrar o meu lado instrumentista. Preparei um
momento com a sanfona, bem bonito. O bicho vai pegar”, avisa.
Além
de faixas dançantes, como Amiga da minha irmã, Pegada e É nóis fazê
parapapá (dueto de Teló com Bruno, do grupo Sorriso Maroto, que já
estourou em todo o país), o romantismo se faz presente no novo projeto. É
a marca de Love com você (Vontade), sertanejo com clima de forró e luau
para dançar; Love song, integrante da trilha sonora da novela Sangue
bom, a única regravação do disco; Se tudo fosse fácil, com Paula
Fernandes; e Aconteceu, homenagem à namorada, a atriz Thaís Fersoza.
“Acho
importante ter canções mais animadas, mas também a minha faceta
romântica. Essa característica está bem marcante nesse álbum”, reforça
Teló. Aliás, a três semanas do Dia dos Namorados, uma novidade promete
balançar corações. A balada Maria, com violão e baixo acústico, ganhou
clipe interativo na internet: as fãs poderão ouvi-la com a versão em seu
próprio nome. Associado ao Facebook, um aplicativo permitirá à ouvinte
ver suas fotos no próprio vídeo.
“Gravei pelo menos uns 300 nomes
femininos adaptados à canção Maria. É a mesma letra, porém com outro
nome. Dessa forma, a fã tem a sensação de que fiz a música especialmente
para ela. É inédito, não vejo a hora de isso começar”, explica ele.
Entre
tantos nomes está o de Thaís? “Claro, foi o primeiro que gravei”,
assegura o apaixonado Michel Teló. “Quando ela ouviu Maria pela primeira
vez, adorou. O Roberto Carlos – meu ídolo – também se emocionou e me
incentivou a trabalhar essa faixa”, revela o cantor. Paralelamente à
turnê de Na balada sunset, ele entra em estúdio para produzir um disco
em três idiomas: inglês, espanhol e português.
O novo CD tem o
propósito de alavancar de vez a carreira internacional do cantor,
iniciada quando Ai se eu te pego se tornou hit globalizado e ficou em 1º
lugar nas paradas de países como Estados Unidos, Portugal, França,
Croácia, Romênia e Rússia – sem falar na América Latina.
“Lembro-me
de momentos bem marcantes dessa repercussão mundial: soldados
israelenses dançando a canção, a menina romena de 6 anos cantando várias
de minhas músicas em português... Quando cheguei ao aeroporto em Paris,
o cara que carimbava passaportes me pediu para tirar foto. É uma coisa
muito emocionante, não dá para descrever”, lembra Teló.
O cantor
acredita que desempenhou papel importante na divulgação do Brasil no
exterior. Revela que foi mágico ver a língua portuguesa se consolidando
em lugares inimagináveis. “Nosso idioma transpôs barreiras culturais e
conquistou o planeta, ainda por cima por meio de uma balada sertaneja.
Isso é bacana demais. O que Ai se eu te pego conseguiu é histórico.
Canção simples, ela agradou a todas as idades, a todas as classes
sociais”, destaca.
A rotina maluca fez Michel Teló perder 8
quilos no ano passado, depois da maratona de 230 shows. O cantor e
compositor não reclama, diz sentir prazer e se divertir no palco.
Considerado artista pop por muita gente, ele avisa: não deixou de ser
sertanejo, apesar do clima de balada de seu novo disco.
“Sou
representante do novo sertanejo. O gênero mantém a coisa da raiz, mas
com uma pitada urbana. A gente tem que se modernizar, trazer um som
novo. A novidade é importante, independentemente do estilo”, conclui.
Três perguntas para... Michel Teló - Cantor e compositor
Publicação: 22/05/2013 04:00
1 - Depois de um sucesso como Ai se eu te pego, você sentiu aquela pressão do tipo “o que vou fazer agora”?
Realmente,
é um desafio. A responsabilidade de fazer um hit depois de Ai se eu te
pego não é fácil. Tirando Garota de Ipanema, nunca ocorreu algo assim
com um artista brasileiro. A gente trabalha para isso. Quero ter
carreira longa e de sucessos, assim como o Roberto Carlos, em quem me
espelho.
2 - O que determina se uma canção vai estourar?
Se
ela tem um papo diferente, uma linha melódica diferente, a probabilidade
de dar certo é muito grande. A gente sente quando vai pegar. Foi assim
com Fugidinha, Humilde residência, Ei, psiu!, Beijo me liga, com a
própria Ai se eu te pego e agora com É nóis fazê parapapá. Nem sempre a
gente acerta, mas, na maioria das vezes, dá para sentir se vai fazer
sucesso.
3 - Você nasceu no Paraná e foi criado em Campo Grande
(MS). Por que essa cidade e o estado vêm revelando tanta gente como
você, Luan Santana, João Bosco & Vinícius, Maria Cecília e Rodolfo e
Munhoz & Mariano?
Pois é, deve ser a água de lá (risos). Fico
muito feliz em fazer parte disso e até, de certa maneira, ser um
incentivador. Há 16 anos, quando eu e meu irmão criamos a gravadora
Pantanal Discos, começou um pouco dessa história. João Bosco &
Vinícius lançaram seu primeiro disco com a gente. O Grupo Tradição, do
qual fiz parte, ajudou a romper barreiras. A música sul-mato-grossense é
muito rica, sempre foi. Mas, sem dúvida, surgiu uma nova geração aí. De
muito talento.
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