Sem eles, só funcionam as ONGs amazônicas
afinzonas de tomar aqueles milhões de quilômetros quadrados para seus
países e/ou parceiros
Eduardo Almeida Reis
Estado de Minas: 15/06/2013
Que é milagre? É
ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais. Na
rubrica religião, é qualquer indicação da participação divina na vida
humana ou indício dessa participação, que se revela especialmente por
uma alteração súbita e fora do comum das leis da natureza.
A
renúncia de Bento XVI e a eleição do novo papa suscitam a santificação
de cavalheiros e damas, não raras vezes porque se diz que fizeram um ou
dois milagres. Daí a pergunta que faço ao pacientíssimo leitor de Tiro e
Queda: por que não santificar o Google?
Empresa fundada por
Larry Page e Sergey Brin, quando cuidavam dos respectivos doutoramentos
na Universidade Stanford, em 1998, o Google ou a Google (empresa) não
faz um milagre, faz sete bilhões deles por semana. Milagres
tecnológicos, sim, mas cabe a pergunta: e daí? Uma empresa com 15
aninhos, que, além do motor de buscas, oferece vários outros serviços
como o extraordinário @gmail é um milagre, deve ser santificada. Pouco
importa que tenha “fins lucrativos”. Sem eles, só funcionam as ONGs
amazônicas afinzonas de tomar aqueles milhões de quilômetros quadrados
para seus países e/ou parceiros.
Pelo almoço de ontem, a
operadora do fogão de cinco bocas contou-me que pediu a uma filha,
universitária computadorizada, que procurasse o nome do patrão na
internet. A jovem procurou e achou, dai a solicitação da operadora para
que o patrão procurasse, na mesmíssima internet, os nomes de dois
funcionários da empresa rural em que nasceu e foi criada: uma operadora
de fogão de lenha e seu marido tratorista.
Procurei os dois
nomes: não me custa nada. O casal, que hoje deve orçar pelos 60 anos,
não aparece no Google. Já que estava por lá, digitei entre aspas o nome
do tal patrão e confirmei, mais uma vez, os milagres do buscador ou
motor de buscas.
Textos publicados há dois ou três dias aqui no
Estado de Minas e no Correio Braziliense lá estão no Google diretamente
ou quando transcritos pela RMMG, revista da Associação Médica de Minas
Gerais, e pelos clippings de diversos ministérios brasilienses. E
transcritos em diversos blogs, que a blogosfera não para de crescer.
Como
funciona a “captura” dos textos pelo Google? É automática? Acabo de
ler, às sete da matina, a primeira página do jornal publicado a dez
quarteirões aqui do novo chatô com as notícias da greve dos ônibus que
eclodiu hoje de madrugada. Era dia de secretária para fazer o movimento
bancário: não terei secretária, nem operadora de fogão de cinco bocas,
mas há cerveja com 9% de álcool por volume, queijos, pães, manteiga,
frigideira e produtos ovoides de galináceos, além do Google e do teclado
para escrever tolices. Eta nós!
Segredos
Certas
coisas, que são muitas, só posso contar se tiver a garantia de que o
leitor de Tiro e Queda vai guardar segredo, do tipo daqueles segredos de
confessionário que havia nos bons tempos. Estabelecido o fato de que
confio em todos vocês, oiçam lá: tomei 375 ml da tal água que custa mais
que R$ 26 o litro.
Já lhes falei da garrafa 12.7 FL.OZ que
ganhei de presente. Água Voss, norueguesa, suposta de ser a melhor do
mundo. Acho que 12.7 FL.OZ como está na bela garrafa significam “a fluid
ounce (abbreviated fl oz, fl. oz. or oz. fl., old forms ?, fl ?, f?, ƒ
?) is a unit of volume equal to 1?20 of a pint or 1?160 of a gallon in
the imperial system or 1?16 of a pint or 1?128 of a gallon in the US
system. The imperial gallon was originally defined as the volume
occupied by 10 pounds avoirdupois of water at 62 degree Fahrenheit, but
is currently defined as 4.54609 litres, making the imperial fluid ounce
28.4130625 mL. The US gallon is defined as 231 cubic inches, making the
US fluid ounce 29.5735295625 mL, or about 4% larger than the imperial
ounce. The fluid ounce is distinct from the ounce, which measures mass.
However, the fluid ounce is sometimes referred to simply as an "ounce"
in applications where the volumetric "fluid ounce" is implied by
context.
Pelo menos é o que está no Google, que também fala sobre
a Voss. Agora, o segredo que peço ao leitor para não espalhar: a Voss
empata com as nossas águas sul-mineiras. Vou mais longe: sou mais a
Lambari, a Caxambu e a Cambuquira, do que a norueguesa. Já sei que o bom
amigo Eugênio Ferraz, são-lourenciano de velha e boa cepa, homem que
está revolucionando a Imprensa Oficial de Minas Gerais, vai ficar
furioso com a falta da São Lourenço na lista, mas andei lendo que a
empresa concessionária tira mais água do que há para tirar. Só pode ser
maldade da mídia. Ainda assim, é preciso tomar cuidado, que muitas das
multinacionais existentes por aí nunca foram de brincadeira.
O mundo é uma bola
15
de junho de 1215: John II, rei da Inglaterra, é obrigado pelos nobres a
assinar a Magna Carta que limita os poderes reais. Não fez escola em
certas “democracias”.
Hoje é o Dia do Paleontólogo.
Ruminanças
“As grandes fortunas, tal como os ventos tempestuosos, provocam grandes naufrágios.” (Plutarco, 46-120)
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