sábado, 15 de junho de 2013

Painel Vera Magalhães

folha de são paulo
Sem meia-volta
O governo de São Paulo vai aumentar o número de policiais destacados para acompanhar os protestos contra aumento da tarifa de transportes na segunda-feira, em Pinheiros. A despeito das críticas de violência policial anteontem, o Palácio dos Bandeirantes fez internamente avaliação de que os confrontos se deveram ao fato de a PM estar em desvantagem numérica. A ordem continua a mesma: evitar "excessos", mas impedir paralisação do trânsito e depredação da cidade.
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Pulso 1 O governo acredita que o secretário de Segurança, Fernando Grella, falhou em evitar que a tropa fosse às ruas com sentimento de revanche em relação à tentativa de linchamento de um soldado na terça-feira.
Pulso 2 Aliados de Geraldo Alckmin lembram que Grella é egresso do Ministério Público e desde que assumiu tem dificuldade de ser aceito pela corporação, que estava em meio a uma crise quando houve a troca na pasta.
Compras Na reunião de ontem, Alckmin reclamou do uso excessivo de balas de borracha pelos policiais. Grella respondeu que a PM não tem equipamentos de impacto intermediário, como armas não-letais e algemas de plástico, que serão adquiridos.
Bad trip Do deputado Domingos Dutra: "Autoridades brasileiras não têm sorte em Paris: após Sérgio Cabral e a dança dos guardanapos, Alckmin e Fernando Haddad se divertiam enquanto o povo tomava a avenida Paulista".
Homem... Haddad mudou o tom e passou a criticar a ação da PM, abrindo uma porta aos manifestantes, depois de ouvir cobranças de seu próprio partido. Petistas dizem que o prefeito se distanciou dos movimentos sociais.
... novo? Alguns auxiliares queriam que Haddad, que antes elogiara a PM, responsabilizasse publicamente o governador pela violência. Ele adotou um meio-termo.
Fim da festa O Ministério Público Federal no Distrito Federal encaminhou ontem ao governo do DF e à Terracap ofício comunicando que a compra de ingressos da Copa das Confederações é irregular e pedindo o ressarcimento ao erário do gasto, de cerca de R$ 2,8 milhões.
Na mira Coordenador do grupo do MPF para a Copa, Athayde Ribeiro Costa comunicou aos MPs do DF e de PE, MG, BA, CE e RJ sobre as compras de ingressos por órgãos públicos. Os procuradores devem pedir ressarcimento quando não houver interesse público nos gastos.
Tribo De Gleisi Hoffmann (Casa Civil) sobre Paulo Vanucchi ter dito que ela está alinhada com fazendeiros na questão indígena: "O ex-ministro está desinformado. Opinar sem conhecer os fatos não é responsável. Isso pode comprometer sua atuação na OEA e prejudicar o Brasil".
Verão passado No evento dos dez anos do PT, no Paraná, o partido distribuiu, na quinta-feira, cartilha com uma frase de Aécio Neves dizendo, em 2009, que seria um "privilégio" ter Dilma Rousseff como presidente.
Mídia O jornalista Melchiades Filho aceitou convite para dirigir o escritório da agência de comunicação FSB em São Paulo. Melchiades se desligou da Folha no início do mês, após 25 anos no jornal, onde exerceu, entre outras funções, as de diretor-executivo da Sucursal de Brasília e editor de Esporte.
Visita à Folha Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), prefeito de Salvador, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava com Guilherme Cotizo Bellintani, secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura.
com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN
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TIROTEIO
"Ideli, que nem sequer é avisada das reuniões da própria pasta, deveria se poupar do papel sofrível de tentar dar lições de segurança."
DO LÍDER DO PSDB NA CÂMARA, CARLOS SAMPAIO, sobre a ministra da articulação política ter criticado a ação da PM de SP no protesto de quinta-feira.
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CONTRAPONTO
Sem passar recibo
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), repetiu ontem, em evento empresarial em Araxá (MG), seu discurso crítico ao governo federal, dizendo que é preciso fazer mais''. Em seguida foi a vez de o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) falar.
--Eu disse ao Eduardo Campos que não rebateria nada que ele falasse aqui --disse, logo de cara. E prosseguiu:
--Ele mesmo [Campos] me disse: não se arrisque tanto, melhor falar algo diferente do que eu falei.
E usou essa introdução para ignorar o presidenciável e passou a elencar sucessos do governo Dilma Rousseff.

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