SÃO PAULO - A notícia de que policiais do Denarc, o departamento de narcóticos da Polícia Civil de São Paulo, recebiam um mensalão de traficantes causou a indignação habitual e levou o governo a anunciar uma reestruturação do órgão.
Segundo a investigação, chefiada pelo Ministério Público estadual, criminosos de alta patente foram extorquidos por policiais, que chegaram a sequestrar parentes de presos para exigir resgate.
Entre os 13 policiais que tiveram a prisão decretada, estava o delegado Clemente Calvo Castilhone Júnior, chefe da inteligência do Denarc. O Ministério Público o acusava de vazar a traficantes informações de uma operação.
Acusava. Numa guinada surpreendente, Castilhone foi solto por falta de provas. O promotor José Cláudio Tadeu Baglio reconheceu que não é possível afirmar que ele vazou informações. Até que se prove o contrário, não cometeu crime.
Castilhone ficou três dias preso, fato que pode resultar num conflito institucional --entidades policiais farão protestos contra a investigação nos próximos dias.
O caso repete outros surgidos na esteira do crescimento de importância do Ministério Público nas últimas décadas. Não deve servir para demonizar a instituição, que tem crédito no combate à corrupção, vide o mensalão. Mas tem consequências não desprezíveis.
A mais imediata é por uma mancha sobre uma investigação que traz evidências concretas de que há uma banda podre instalada num departamento de elite da polícia.
Expõe ainda o exagero e a precipitação no uso do recurso extremo da prisão --prática, diga-se, também disseminada nas polícias.
Por fim, dá munição àqueles que acham que o Ministério Público tem poder demais, justamente no momento em que promotores e procuradores comemoram a derrubada da proposta que amputaria os seus instrumentos de investigação.
Segundo a investigação, chefiada pelo Ministério Público estadual, criminosos de alta patente foram extorquidos por policiais, que chegaram a sequestrar parentes de presos para exigir resgate.
Entre os 13 policiais que tiveram a prisão decretada, estava o delegado Clemente Calvo Castilhone Júnior, chefe da inteligência do Denarc. O Ministério Público o acusava de vazar a traficantes informações de uma operação.
Acusava. Numa guinada surpreendente, Castilhone foi solto por falta de provas. O promotor José Cláudio Tadeu Baglio reconheceu que não é possível afirmar que ele vazou informações. Até que se prove o contrário, não cometeu crime.
Castilhone ficou três dias preso, fato que pode resultar num conflito institucional --entidades policiais farão protestos contra a investigação nos próximos dias.
O caso repete outros surgidos na esteira do crescimento de importância do Ministério Público nas últimas décadas. Não deve servir para demonizar a instituição, que tem crédito no combate à corrupção, vide o mensalão. Mas tem consequências não desprezíveis.
A mais imediata é por uma mancha sobre uma investigação que traz evidências concretas de que há uma banda podre instalada num departamento de elite da polícia.
Expõe ainda o exagero e a precipitação no uso do recurso extremo da prisão --prática, diga-se, também disseminada nas polícias.
Por fim, dá munição àqueles que acham que o Ministério Público tem poder demais, justamente no momento em que promotores e procuradores comemoram a derrubada da proposta que amputaria os seus instrumentos de investigação.
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