A Balada Literária nasceu nos bares da Vila Madalena, espalhou-se pela capital paulista e agora, aos oito anos, chega a Salvador. O evento, de 20 a 24 de novembro em São Paulo, será antecedido por uma versão compacta baiana, de 15 a 17 do mesmo mês, com alguns convidados em comum, como o cubano Alberto Guerra Naranjo e o chileno Pedro Lemebel.
Depois de conseguir raríssima (e silenciosa) aparição de Raduan Nassar, em 2012, agora o encontro organizado por Marcelino Freire celebra Laerte, com convidados como Angeli, Arnaldo Antunes e Gero Camilo.
E pela primeira vez a Balada se organizou para entrar na Lei Rouanet. Por ora, conseguiu 25% dos R$ 384 mil pedidos, em cota paga pela editora FTD.
O ‘Paradiso’ perdido
A Estação Liberdade estava prestes a lançar o clássico “Paradiso”, do cubano José Lezama Lima (1919-1976), no fim do ano passado, quando a Martins Fontes/Selo Martins lhe enviou notificação informando deter os direitos de publicação do romance no país.
A primeira editora os havia comprado em 2006 de Eloísa, irmã do autor, e a segunda, em 2011 da estatal Agencia Literaria Latinoamericana —que, pela lei cubana, é a detentora de fato do espólio.
Resumo da ópera: o editor Evandro Martins Fontes se ofereceu para comprar a tradução, pronta havia tempo, de Josely Vianna Baptista, mas ela informou que não quebraria o compromisso com a Estação Liberdade. O Selo Martins então contratou os préstimos de Olga Savary. Pretende lançar a obra no ano que vem.
Rodapé literário
Um livro inteiro só com notas de rodapés, criação do artista visual Daniel Monteiro, e outro com poemas de Carlito Azevedo escritos numa pedra e datilografados em papel de pão. Estão aí dois dos primeiros lançamentos da Caixa Preta, projeto da escritora Daniela Lima e da curadora Laríssa Duarte Amorim.
A editora voltada a livros-objeto quer diluir os limites entre literatura e artes visuais, sempre em edições assinadas pelos autores. O “Manual da Pedra” (o com versos de Carlito) sai primeiro, em setembro, na ArteRio, e será vendido em galerias, no site da editora e nas livrarias Cultura e Travessa.
Terapia Depois de obras como “O Pintinho”, de Alexandra Moraes, e “Manual de Sobrevivência dos Tímidos”, de Bruno Maron, a Lote 42 prevê para outubro “Seu Azul”, de Gustavo Piqueira.
Terapia 2 É uma ficção sobre um casal que inicia terapia alternativa para salvar a relação: sem ler as reportagens completas, debate na hora do jantar assuntos dos principais sites do país. As notícias, não raro absurdas, são todas verdadeiras.
Gratuito A loja de e-books Iba disponibiliza, no fim do mês, o capítulo inicial de “A Lista do Nunca” (Paralela), de Koethi Zan, best-seller na Alemanha, sobre quatro garotas mantidas em cativeiro por um professor durante três anos. É ficção, mas com famosos paralelos na vida real.
Moças de família As mais velhas prostitutas de Amsterdã se aposentaram neste ano, após mais de meio século de serviços prestados. São gêmeas, chamadas Louise e Martine Fokkens, 70, dizem ter dormido com um total de 355 mil homens e, antes de sair de cena, resolveram contar sua história em livro. “As Senhoridas de Amsterdã, Gêmeas e Prostitutas” sai pela LP&M em novembro.
Aniversário Ainda não será por agora que o braço editorial da Babilonia sairá do papel, mas, com um ano de estrada, a empresa engrossa a lista de trabalhos na área de produção. Um projeto em andamento é o “Diálogos nos Museus”, sobre o debate acerca da ampliação de públicos para centros culturais, que prevê debates no Rio e em SP, livro e aplicativo.
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