Chuva criou e destruiu civilização maia, diz estudo
DE SÃO PAULO
A chuva deu, a chuva --ou melhor, a falta dela-- tirou. Esse parece ter sido o padrão por trás da ascensão e queda da civilização maia, indica uma pesquisa publicada na edição desta semana da revista americana "Science".
A hipótese é resultado de uma das mais detalhadas análises climáticas do território das cidades-Estado maias, feitas por Douglas Kennett e seus colegas da Universidade Estadual da Pensilvânia.
Douglas Kennett/Divulgação/Penn State | ||
Vista das ruínas da cidade maia de Caracol, em Belize |
Estudando estalagmites --as projeções do chão de cavernas-- em Belize, eles conseguiram um registro de 2.000 anos de chuva na região ocupada pela civilização, com precisão próxima da de um calendário.
O resultado: o surgimento das grandes metrópoles maias, por volta do ano 450 da nossa era, coincide com uma fase especialmente chuvosa.
Por outro lado, a partir do ano 700, períodos secos com duração de décadas devem ter secado colheitas e levado à instabilidade política que acabou esfacelando as cidades-Estado.
Por outro lado, a partir do ano 700, períodos secos com duração de décadas devem ter secado colheitas e levado à instabilidade política que acabou esfacelando as cidades-Estado.
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