Faraó morreu com golpe na garganta, afirma pesquisa em revista britânica
France Presse/Eurac | ||
A múmia do faraó Ramsés 3º |
A conclusão vem de uma detalhada análise forense da múmia do monarca egípcio, despachado para o reino dos mortos no ano 1155 a.C., provavelmente. O estudo, que incluiu tomografias computadorizadas e análises de DNA, está na revista médica "BMJ".
A partir da leitura de um antigo texto egípcio, o chamado Papiro Judicial de Turim, já se sabia que Ramsés 3º tinha sofrido um atentado em seu harém. Os responsáveis parecem ter sido uma das esposas dele, a rainha Tiy, e o filho do casal, Pentawere.
O papiro, porém, dava a entender que o faraó havia conduzido o julgamento dos traidores -coisa que a tomografia demonstrou ter sido impossível. É que o golpe de faca cortou a traqueia, o esôfago e uma série de vasos sanguíneos grandes, chegando até a raspar uma das vértebras do pescoço. A morte deve ter sido instantânea.
A análise de DNA do estudo comparou, além disso, o cromossomo Y (a marca genética da masculinidade) do faraó com a múmia de um homem misterioso achada no mesmo complexo real onde Ramsés 3º foi enterrado.
Resultado: o mesmo cromossomo. Juntando isso ao fato de que o homem não identificado morreu por volta dos 20 anos de idade, os cientistas especulam que se trata de Pentawere, o príncipe traidor de seu pai.
A equipe do estudo foi liderada por Zahi Hawass, antigo czar de antiguidades do Egito, e pelo paleopatologista Albert Zink, da Academia Europeia em Bolzano, Itália.
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