DE SÃO PAULO"Podemos falar com seu amigo que mora em Sandy Hook e cuja filha está no jardim de infância? Sou da ABC News", escreve a repórter Nadine Shubailat no Twitter.
"Vá se foder", responde um usuário da rede de microblogs. Em seguida, Shubailat deleta sua conta no Twitter.
O "diálogo" foi apontado pelo instituto Poynter de jornalismo em reportagem nesta semana como um exemplo de descompasso entre o trabalho de repórteres e o entendimento do público.
"Qualquer jornalista que teve de pedir uma entrevista na esteira de uma tragédia irá dizer que é uma das partes mais difíceis do trabalho", diz o texto de Jeff Sonderman.
"Às vezes, as pessoas valorizam a chance de dividir suas histórias", afirma. "Em outras ocasiões, a dor ainda é muito insuportável."
A situação, que não é nova para jornalistas, foi modificada pela chegada das mídias sociais, segundo o texto. Ficou mais fácil de encontrar e contatar entrevistados -mas, no caso do Twitter, ficou mais complicado fazer isso com delicadeza em 140 caracteres.
Afinal, aponta o texto do Poynter, a comunicação virtual, ao contrário da feita corpo a corpo, não permite sutilezas como as da linguagem corporal. Olhar e tom de voz são perdidos e, às vezes, a abordagem parece insensível.
Sam Dolnick, do jornal "New York Times", abordou um usuário que havia acabado de tuitar "descanse em paz meu belo primo" na rede.
"Minhas mais profundas condolências. Um dia terrível. Sou do 'New York Times'. Posso falar com você?", escreveu Dolnick no Twitter.
Em seguida, usuários comentaram a abordagem do jornalista. "Seu pedaço de merda. Deixe ela em paz", escreveu um. "Nojento. Nojento. Nojento", reagiu outro.
Jornalistas estão acostumados a reações agressivas em momentos como esse, afirma o Poynter. O que é novo, para o site, são os comentários e críticas do público.
O artigo de Jeff Sonderman, inclusive, foi criticado no mesmo tom. "Ei, deixe-me ajudar todos os 'jornalistas' com algumas regras fáceis de lembrar. Regra um: não faça. Não há valor nenhum na entrevista, e você se parece com um vampiro."
"Vá se foder", responde um usuário da rede de microblogs. Em seguida, Shubailat deleta sua conta no Twitter.
O "diálogo" foi apontado pelo instituto Poynter de jornalismo em reportagem nesta semana como um exemplo de descompasso entre o trabalho de repórteres e o entendimento do público.
"Qualquer jornalista que teve de pedir uma entrevista na esteira de uma tragédia irá dizer que é uma das partes mais difíceis do trabalho", diz o texto de Jeff Sonderman.
"Às vezes, as pessoas valorizam a chance de dividir suas histórias", afirma. "Em outras ocasiões, a dor ainda é muito insuportável."
A situação, que não é nova para jornalistas, foi modificada pela chegada das mídias sociais, segundo o texto. Ficou mais fácil de encontrar e contatar entrevistados -mas, no caso do Twitter, ficou mais complicado fazer isso com delicadeza em 140 caracteres.
Afinal, aponta o texto do Poynter, a comunicação virtual, ao contrário da feita corpo a corpo, não permite sutilezas como as da linguagem corporal. Olhar e tom de voz são perdidos e, às vezes, a abordagem parece insensível.
Sam Dolnick, do jornal "New York Times", abordou um usuário que havia acabado de tuitar "descanse em paz meu belo primo" na rede.
"Minhas mais profundas condolências. Um dia terrível. Sou do 'New York Times'. Posso falar com você?", escreveu Dolnick no Twitter.
Em seguida, usuários comentaram a abordagem do jornalista. "Seu pedaço de merda. Deixe ela em paz", escreveu um. "Nojento. Nojento. Nojento", reagiu outro.
Jornalistas estão acostumados a reações agressivas em momentos como esse, afirma o Poynter. O que é novo, para o site, são os comentários e críticas do público.
O artigo de Jeff Sonderman, inclusive, foi criticado no mesmo tom. "Ei, deixe-me ajudar todos os 'jornalistas' com algumas regras fáceis de lembrar. Regra um: não faça. Não há valor nenhum na entrevista, e você se parece com um vampiro."
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