FOLHA DE SÃO PAULO
ANÁLISE
SAMY DANAESPECIAL PARA A FOLHACom os avanços tecnológicos, internet e canais fechados são serviços acessados por grande parte da população. Basta ligar a televisão para se deparar com uma avalanche de comerciais de promoções fantásticas na utilização desses dois serviços.É uma metalinguagem comercial: os servidores se valem do serviço que vendem para buscar clientes por meio de promoções atraentes veiculadas em intervalos televisivos ou pop ups na internet.
Mas essas maravilhosas promoções não valem para o contrato após o período de teste, e o plano passa a assumir um valor muito mais alto que o inicial, pegando muitos usuários de surpresa.
Mesmo aturdidos, os contratantes decidem permanecer com o produto, já que não gostariam de ficar sem ver aquela nova série favorita ou sem assistir vídeos online em alta definição.
O problema começa aí: durante o período promocional, que dura, na maior parte dos casos, seis meses, o serviço prestado é novo e, como todas as descobertas da vida, parece excelente e extremamente útil.
Mas o produto, que na época da contratação era o melhor a preços especiais, passa a ser oferecido em novos comerciais a um custo menor, apenas para novos clientes.
Resignada, a grande maioria dos usuários simplesmente acata a determinação contratual e nem busca alterar o plano. No entanto, aqueles que tentam conseguem uma boa redução nos preços.
Uma boa estratégia é apelar para a desistência do plano. Nessa hora, o atendente que por tanto tempo soou indiferente quanto a suas reclamações oferece uma infinidade de vantagens e descontos.
Ou seja, enquanto a lealdade à companhia é recompensada por preços extorsivos, a traição é premiada com vantagens competitivas.
No Brasil o segredo para não cair em prejuízo é não se deixar acomodar.
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