segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Empresas de internet têm lei para todos, inclusive você

folha de são paulo

INTERNETS

Quais as entidades no mundo capazes de criar normas autoaplicáveis para vários milhões de pessoas? Alguém pode falar China, Índia e os nove outros países com mais de 100 milhões de habitantes.
Só que existem outros exemplos pouco pensados por essa perspectiva: empresas como Apple, Microsoft, sites como Facebook, Google, Twitter, ou serviços como Instagram e similares. Estamos assistindo hoje aos primeiros passos da era dos sites "legisladores".
Por meio dos "termos de uso" dos seus produtos (aquele documento que a maioria das pessoas não lê), essas empresas criam direitos e deveres, decidem o que pode circular ou não, gerando efeitos imediatos na vida dos seus usuários.
Não é um poder trivial. As decisões impactam temas como privacidade ou liberdade de expressão. Produzem efeitos econômicos e modificam o ambiente de negócios e a concorrência.
Isso é um desafio para as instituições tradicionais, que estão ainda aprendendo a conviver com esses novos centros de poder.
E reconfigura a esfera de autonomia de cada pessoa: o que posso fazer na rede depende dos limites estabelecidos por essas regras.
O Instagram há pouco tempo gerou revolta quando mudou seus termos de uso dando à empresa o direito de vender as fotos nele postadas. Muita gente parou de usar o serviço por causa disso. Mas essa é a exceção.
Mudanças nas regras até podem gerar comoção inicial, mas logo as pessoas voltam a usar o serviço sem maiores questionamentos. Esse novo poder "legislativo" traz novos desafios. Para governos e para os mercados. Para você e para mim.
READER
JÁ ERA Papel de parede dentro de casa
JÁ É Papel de parede na tela dos computadores, tablets e celulares
JÁ VEM Papel de parede do lado de fora das casas (como na coleção WallandDeco: http://bit.ly/WPSc0J)

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