Manifesto questiona conduta do cientista Miguel Nicolelis
Grupo sugere que o pesquisador não estaria agindo em prol da ciência nacional
O trabalho demonstrava que roedores com um aparelho ligado ao cérebro poderiam "enxergar" luz invisível.
Segundo o manifesto, o pesquisador Márcio Flávio Dutra Moraes, da UFMG, apresentou, na presença de Nicolelis, em julho de 2010, um projeto semelhante em reunião do comitê gestor do INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) "Interfaces Cérebro-Máquina".
O manifesto questiona por que Nicolelis teria mantido sigilo sobre seu estudo publicado agora, se já estivesse em andamento na Universidade Duke, onde foi realizado, e por que não foi proposta uma colaboração com Moraes.
Entre os sete signatários do documento está o cientista Sidarta Ribeiro, que trabalhou com Nicolelis até 2011, quando houve uma cisão de seu grupo de pesquisa em Natal.
O texto põe em dúvida a intenção do cientista de promover a pesquisa brasileira e diz que Nicolelis estaria usando a produção de instituição estrangeira para prestar contas de um financiamento nacional ao Instituto Internacional de Neurociências de Natal.
Isso porque Eric Thomson, um dos autores do estudo, assina como membro do instituto, mas não teria vínculo com a organização.
Romulo Fuentes, que trabalha com Nicolelis, respondeu no blog que a acusação é "irresponsável". A pesquisa, escreveu, começou em 2006, e Nicolelis não é obrigado a revelar trabalhos em andamento. Thomson seria colaborador do instituto de Natal desde 2011.
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