Apresentação regida por Marin Alsop terá participação do pianista francês Jean-Yves Thibaudet
Orquestra fará ao longo deste ano 33 programas; bicentenários de Verdi e Richard Wagner serão tema de homenagens
No programa, dois poemas sinfônicos de Richard Strauss (1864-1949) e o "Concerto em Sol Maior", de Maurice Ravel (1875-1937), com o pianista Jean-Yves Thibaudet.
Trata-se de um dos dos maiores intérpretes de compositores como Debussy, Rachmaninov e Mendelssohn.
Thibaudet também interpretará "O Iluminado", peça mais curta para piano e orquestra, escrita em 1999 pelo compositor francês Guillaume Connesson, 41.
As duas peças sinfônicas de Strauss serão "Till Eulenspiegels" (1894) e "Assim Falou Zarathustra" (1896) -esta teve compassos inseridos na trilha de "2001 - Uma Odisseia no Espaço" (1968), filme de Stanley Kubrick.
Os poemas sinfônicos, criação de Liszt, são sinfonias de um único e longo movimento que em geral narram uma história. "Till Eulenspiegels" conta, por exemplo, as aventuras de uma versão germânica de Pedro Malasartes.
As duas peças de Strauss também serão interpretadas no domingo, às 11h, em concerto gratuito e ao ar livre no parque da Independência.
Na semana que vem a orquestra homenageia pela primeira vez Igor Stravinsky (1882-1971) pelo centenário da primeira apresentação de "A Sagração da Primavera", um dos motes da temporada. Será a estreia mundial de "Sacré du Sacré", composição do brasileiro Marlos Nobre.
Entre os dias 14 e 16 de março a orquestra estará sob a direção do finlandês Osmo Vänskä. Além da "Sinfonia nº 39", de Mozart (1756-1791), fará, com quatro solistas vocais e o coro da Osesp, a "Missa Glagolítica", de Leos Janacek (1854-1928).
Na semana seguinte (dias 21 a 23), um outro grande pianista, o americano Nicholas Angelich, fará o "Concerto nº 3", de Beethoven (1770-1827).
A temporada de 2013 terá 33 programas sinfônicos. O diretor artístico Arthur Nestrovski convidou maestros como Richard Armstrong e Heinz Holliger.
Entre os pianistas há o britânico Paul Lewis, ex-aluno de Alfred Brendel que, aos 41 anos, é unanimidade por seu fraseado singular. Ele virá em junho e interpretará Brahms. A contralto francesa e regente Nathalie Stutzmann será uma das convidadas.
Por fim, a Osesp lembrará o bicentenário de nascimento de Wagner e Verdi e o centenário de Britten.
Mudanças no conselho geram expectativa
DE SÃO PAULOA pouco mais de três meses das mudanças no Conselho de Administração da Osesp, em junho, vigora na orquestra um clima de expectativa.Sairão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, presidente, e o vice Pedro Moreira Salles, que estão à frente desde a implantação da fundação, em 2005. O estatuto prevê o máximo de dois mandatos de quatro anos.
Também sairão do conselho Horacio Lafer Piva e Rubens Barbosa. Continuam Lilia Schwarcz, Manoel Correa do Lago, Alberto Goldman, Marcos Librantz e Fabio Barbosa.
O cargo de presidente do Conselho é considerado estratégico, pois envolve a interlocução direta com o governo estadual e temas prioritários.
Por ora não há nada definido. Os membros do atual conselho começam a preparar uma lista de nomes. Fabio Barbosa e Eleazar de Carvalho Filho são cotados.
Mais de três meses após a crise desencadeada pela entrevista do diretor artístico da Osesp, Arthur Nestrovski, à revista "Veja São Paulo", o ambiente estaria "surpreendentemente calmo", segundo fontes ouvidas pela Folha.
Na reportagem, Nestrovski foi descrito como o "motor da orquestra" e disse ter de lidar com carências afetivas e questões de ego dos músicos. As declarações geraram mal-estar entre os artistas.
Os músicos voltaram de férias trabalhando duro: por três semanas, a orquestra esteve envolvida com a gravação de "Amerindia", de Villa-Lobos, com regência de Isaac Karabtchevsky.
Nestrovski segue ativo no cargo, mas adotou um estilo mais discreto, evitando se pronunciar em público. (MORRIS KACHANI)
Nenhum comentário:
Postar um comentário