Primeiro Mundo
RIO DE JANEIRO - Pesquisa feita pela Embratur em 20 cidades constatou que o Rio está em terceiro lugar no ranking das tarifas hoteleiras de lazer, atrás de Miami e de Punta Cana (República Dominicana).
Em média, um dia de férias em um hotel da cidade custa US$ 246,71. A cidade conquista um honroso segundo lugar nos preços das tarifas de negócios --US$ 182,73--, perdendo apenas para Nova York.
Passar uma temporada de trabalho aqui é mais caro do que em Frankfurt, Tóquio ou Milão. Férias saem mais em conta em Londres, Paris ou Barcelona.
Tempos estranhos esses. Muitos de nós lembram de histórias de conterrâneos que, voltando de viagens à Europa, faziam relatos horrorizados sobre o preço de uma garrafa de água mineral ou de refrigerante.
Hoje, os autores desses relatos são os turistas que desembarcam no Rio e, dependendo do lugar que escolherem, podem pagar quase R$ 10 por um cafezinho pós-refeição.
Mas, além das praias, do Corcovado, do Pão de Açúcar, o que temos para oferecer ao visitante e justificar os preços assustadores?
Infelizmente, pouco. Experimente ir a um restaurante razoavelmente conhecido para o almoço de domingo e perguntar quanto tempo demora para se conseguir uma mesa. Meia hora, é a resposta padrão, mesmo que isso signifique 60 minutos.
Tente conquistar a simpatia de um motorista de táxi ao pedir que ele faça uma corrida curta. Como dizem os jovens cariocas, "não rola" --ou seja, prepare-se para um trajeto feito de mau humor. Isso, se conseguir convencê-lo a levá-lo.
Nem vale a pena falar da precariedade dos aeroportos, da superlotação dos transportes públicos, do despreparo de quem atende os turistas, da falta de sinalização nas ruas.
Conquistamos o topo no que diz respeito aos preços. Já quanto aos serviços...
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