SÃO PAULO - Enquanto no Rio a política de segurança pública virou o maior ativo eleitoral do PMDB e o secretário José Mariano Beltrame é disputado por dois partidos, em São Paulo o tema é o maior pesadelo de Geraldo Alckmin para sua reeleição.
Cinco meses depois de trocar Antonio Ferreira Pinto por Fernando Grella no comando da segurança, o governador tomou a frente da área ao lançar a proposta que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para permitir punição mais severa a menores reincidentes em crimes graves.
Trata-se de uma cartada de risco: além de a proposta ser controversa e de haver pouco tempo para que seja votada antes das eleições, Alckmin eliminou qualquer anteparo entre ele e o problema da violência. Agindo sem intermediários, será cobrado pelo resultado também diretamente.
Se em novembro a demissão de Ferreira Pinto parecia ser a única resposta à onda de violência que levou à explosão dos índices de homicídios, seu substituto, elogiado pela propensão ao diálogo, mas longe da figura do "xerife'' dos antecessores, não conseguiu ainda demonstrar que tem o controle das polícias nem ser visto como quem dita a política da pasta --justamente a imagem que transformou Beltrame em estrela.
O fato de o governador ter em sua gaveta uma caderneta em que anota, diariamente, os números de homicídios e latrocínios ilustra a falta de uma estrutura que o preserve da superexposição ao vaivém dos índices.
Em 2010, as críticas dos rivais do PSDB no Estado se concentraram no preço do pedágio nas estradas e na progressão automática no ensino --temas que não "colaram". Alckmin foi eleito no primeiro turno.
Mais: naquela eleição, a redução de números da violência era uma conquista importante do PSDB.
Agora que os índices se deterioraram, tudo indica que a segurança vai mudar de lado no palanque. Ou Alckmin repensa a política para, em 17 meses, sair da linha de frente, ou será o alvo direto dos adversários.
Cinco meses depois de trocar Antonio Ferreira Pinto por Fernando Grella no comando da segurança, o governador tomou a frente da área ao lançar a proposta que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para permitir punição mais severa a menores reincidentes em crimes graves.
Trata-se de uma cartada de risco: além de a proposta ser controversa e de haver pouco tempo para que seja votada antes das eleições, Alckmin eliminou qualquer anteparo entre ele e o problema da violência. Agindo sem intermediários, será cobrado pelo resultado também diretamente.
Se em novembro a demissão de Ferreira Pinto parecia ser a única resposta à onda de violência que levou à explosão dos índices de homicídios, seu substituto, elogiado pela propensão ao diálogo, mas longe da figura do "xerife'' dos antecessores, não conseguiu ainda demonstrar que tem o controle das polícias nem ser visto como quem dita a política da pasta --justamente a imagem que transformou Beltrame em estrela.
O fato de o governador ter em sua gaveta uma caderneta em que anota, diariamente, os números de homicídios e latrocínios ilustra a falta de uma estrutura que o preserve da superexposição ao vaivém dos índices.
Em 2010, as críticas dos rivais do PSDB no Estado se concentraram no preço do pedágio nas estradas e na progressão automática no ensino --temas que não "colaram". Alckmin foi eleito no primeiro turno.
Mais: naquela eleição, a redução de números da violência era uma conquista importante do PSDB.
Agora que os índices se deterioraram, tudo indica que a segurança vai mudar de lado no palanque. Ou Alckmin repensa a política para, em 17 meses, sair da linha de frente, ou será o alvo direto dos adversários.
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