Estive em Cambridge na sexta-feira passada para a aula magna Balzan-Skinner do professor Gabriel Paquette. Ele acaba de publicar "Imperial Portugal in the Age of the Atlantic Revolutions: The Luso-Brazilian World c. 1770-1850", pela Cambridge University Press. Paquette foi pesquisador no Trinity College, em Cambridge, e hoje é professor assistente na Universidade Johns Hopkins, nos EUA.
Seu livro trata da independência do Brasil; do reino de dom Pedro 1º; das guerras civis em Portugal entre dom Pedro e seu irmão, dom Miguel; e da sucessão da filha de dom Pedro ao trono português como dona Maria 2ª, e de seu filho, Pedro 2º, ao trono imperial do Brasil.
Passei a noite no St. John's College. O dr. Mark Nicholls, historiador da Inglaterra na era Tudor, me acomodou no principal quarto de hóspedes do "New Court", um edifício neogótico. Construído entre 1826 e 1831, foi o primeiro edifício da universidade no lado oposto do rio Cam, ligado ao campus original da instituição pela "Ponte dos Suspiros". De minha janela no terceiro andar, a vista era magnífica: o rio; a Wren Library, parte do Trinity College; e a capela do King's College.
A fundadora do St. John's College foi Lady Margaret Beaufort, mãe do rei Henrique 7º, o primeiro monarca da dinastia Tudor, que derrotou Ricardo 3º na batalha de Bosworth Field, em 1485. Lady Margaret morreu em 1509, e seu testamento instruía John Fisher, seu capelão, bispo de Rochester e chanceler da universidade de Cambridge, a estabelecer a escola, o que ele fez em 1511.
O retrato de Fisher foi pintado por Hans Holbein, o Jovem, e em 1511 o bispo levou Desiderius Erasmus (Erasmo de Roterdã) a Cambridge para lecionar grego. Diz-se que Fisher foi o autor do tratado real inglês contra Martinho Lutero, o que valeu ao rei Henrique 8º o título de "Defensor da Fé".
John Fisher foi canonizado pelo papa Pio 11 em 1935. Ele se opôs ao divórcio entre Henrique 8º e Catarina de Aragão, para permitir que o rei se casasse com Ana Bolena, e se recusou a aceitar a reivindicação do posto de "líder supremo" da Igreja da Inglaterra por Henrique.
Fisher foi executado na Torre de Londres, em 1535. Sua incomparável biblioteca foi distribuída entre os sequazes de Thomas Cromwell, o faz-tudo de Henrique 8º e tema dos premiados romances "Wolf Hall" e "Bring Up the Bodies", de Hilary Mantel. Cromwell também foi executado por ordem de Henrique 8º, em 1540.
O St. John's College apelou em vão às eminências pardas da corte pela transferência dos livros de Fisher ou por uma indenização apropriada em lugar deles.
Seu livro trata da independência do Brasil; do reino de dom Pedro 1º; das guerras civis em Portugal entre dom Pedro e seu irmão, dom Miguel; e da sucessão da filha de dom Pedro ao trono português como dona Maria 2ª, e de seu filho, Pedro 2º, ao trono imperial do Brasil.
Passei a noite no St. John's College. O dr. Mark Nicholls, historiador da Inglaterra na era Tudor, me acomodou no principal quarto de hóspedes do "New Court", um edifício neogótico. Construído entre 1826 e 1831, foi o primeiro edifício da universidade no lado oposto do rio Cam, ligado ao campus original da instituição pela "Ponte dos Suspiros". De minha janela no terceiro andar, a vista era magnífica: o rio; a Wren Library, parte do Trinity College; e a capela do King's College.
A fundadora do St. John's College foi Lady Margaret Beaufort, mãe do rei Henrique 7º, o primeiro monarca da dinastia Tudor, que derrotou Ricardo 3º na batalha de Bosworth Field, em 1485. Lady Margaret morreu em 1509, e seu testamento instruía John Fisher, seu capelão, bispo de Rochester e chanceler da universidade de Cambridge, a estabelecer a escola, o que ele fez em 1511.
O retrato de Fisher foi pintado por Hans Holbein, o Jovem, e em 1511 o bispo levou Desiderius Erasmus (Erasmo de Roterdã) a Cambridge para lecionar grego. Diz-se que Fisher foi o autor do tratado real inglês contra Martinho Lutero, o que valeu ao rei Henrique 8º o título de "Defensor da Fé".
John Fisher foi canonizado pelo papa Pio 11 em 1935. Ele se opôs ao divórcio entre Henrique 8º e Catarina de Aragão, para permitir que o rei se casasse com Ana Bolena, e se recusou a aceitar a reivindicação do posto de "líder supremo" da Igreja da Inglaterra por Henrique.
Fisher foi executado na Torre de Londres, em 1535. Sua incomparável biblioteca foi distribuída entre os sequazes de Thomas Cromwell, o faz-tudo de Henrique 8º e tema dos premiados romances "Wolf Hall" e "Bring Up the Bodies", de Hilary Mantel. Cromwell também foi executado por ordem de Henrique 8º, em 1540.
O St. John's College apelou em vão às eminências pardas da corte pela transferência dos livros de Fisher ou por uma indenização apropriada em lugar deles.
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