SP inicia troca de agências de publicidade
Por R$ 90 mi, três empresas farão propaganda do governo Alckmin em 2013
Os contratos atualmente em vigor, assinados em abril de 2008, não poderão ser prorrogados porque há impedimento legal.
Hoje, a conta do Estado é dividida entre três agências: a Adag, a Contexto e a Lua Branca.
Detentora da maior fatia da publicidade oficial do Estado, a Lua Branca é ligada ao jornalista Luiz Gonzales, o marqueteiro das campanhas do PSDB que foi derrotado no embate com o PT pela Prefeitura de São Paulo neste ano.
As agências de publicidade que têm interesse em trabalhar para o Estado nos próximos anos têm até hoje para apresentar proposta na licitação.
O governo vai fechar com três empresas novamente, com contratos de seis meses prorrogáveis pelos 60 meses seguintes. O valor estimado dos tês contratos totaliza R$ 90 milhões.
Criticada nos bastidores do PSDB, a publicidade do governo Alckmin ganhou fôlego neste ano. Até anteontem, o governo havia empenhado (reservado no Orçamento) R$ 97,5 milhões em gastos com esses contratos, ante R$ 81 milhões durante todo o ano passado.
O valor fica abaixo da gestão anterior, do também tucano José Serra, que empenhou R$ 126 milhões em 2010 e pagou R$ 100 milhões.
Na campanha deste ano, Serra dizia que o partido não vinha conseguindo explorar seus projetos bem sucedidos.
Segundo a Subsecretaria de Comunicação do Estado, órgão vinculado à Casa Civil, o valor da publicidade no próximo ano ainda não está fechado.
Em relação a 2012, o orçamento da pasta saltou 8%, para R$ 108 milhões.
VITRINES
A licitação das agências de publicidade também lista os "objetivos estratégicos" do governo para o próximo período. São os projetos que o governo considera prioritários e, ao que tudo indica, deverão ser as principais vitrines do governador em sua campanha pela reeleição.
Um dos setores mais citados é de transportes, que deve receber R$ 45 bilhões até 2015. São citadas iniciativas para o metrô, trens,o trecho norte do Rodoanel e corredores de ônibus na Grande São Paulo.
Outro evento ligado ao transporte que o governo informa que planeja propagandear é a possível queda nas tarifas de pedágio, alvo constante de ataques por parte de oposicionistas.
Para para conseguir explorar esse assunto, porém, é preciso viabilizar um sistema de cobrança nas rodovias conforme o trecho percorrido pelos motoristas.
Para habitação, a licitação fala da meta de construir 150 mil moradias até o ano de 2015 para famílias que têm renda mensal de até cinco salários mínimos.
Na área de segurança pública, o documento, elaborado antes da atual crise, só cita a contratação de policiais, o fim de carceragens em delegacias e novas prisões.
O QUE O GOVERNO DE SP QUER DIVULGAR
Aumento do quadro de professores -25 mil contratados em 2012, além de 9.300 em 2011- e construção de mil creches em quatro anos
2- Desenvolvimento Social
Programa São Paulo Solidário -para quem ganha até R$ 70 por mês; cerca de 300 mil famílias devem ser beneficiadas. Projeto chega à Grande São Paulo no próximo ano
3- Habitação
De 2012 a 2015, o objetivo é construir 150 mil moradias para quem tem renda familiar de até cinco salários mínimos
4- Inclusão Digital
Programa Acessa São Paulo -em 2011, havia cerca de 650 postos de atendimento
5- Fazenda
Nota Fiscal Paulista, que devolve 30% do ICMS
6- Transportes
Rodoanel trecho norte, investimento em metrô e trens, além de corredores de ônibus na Grande São Paulo
7- Agricultura
Segunda fase do Pró-Trator, para financiar 6.000 tratores
8- Saúde
Queda do indicador de mortalidade infantil e modernização de hospitais
9- Segurança
Aumento do efetivo policial, desativação de 255 carceragens e construção de 100 penitenciárias
10- Emprego
Programa Via Rápida, que oferece cursos de curta duração
11- Saneamento
Piscinões, Projeto Tietê e coleta e tratamento de esgoto
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