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Em um estacionamento de estádio em Jackson, Mississippi, americano faz churrasco de costela para os torcedores |
Para o cineasta Byron Hurt, o vício em "soul food", a culinária gordurosa típica dos sul dos EUA, está matando os negros americanos.
Hurt, 42, chegou a essa conclusão após entrevistar historiadores, cozinheiros, médicos, ativistas e consumidores para o documentário "Soul Food Junkies", que será exibido na TV americana em janeiro (assista ao trailer em www.pbs.org/independentlens/soul-food-junkies/film.html).
O filme mostra como a identidade cultural dos negros está ligada aos alimentos calóricos, como frango frito e churrasco de costela.
O cineasta lembra que, séculos atrás, a dieta calórica permitia aos escravos aguentar as horas de trabalho braçal. Nos anos 60, o movimento de direitos civis cunhou o termo "soul food".
"Há uma ligação emocional e um orgulho no que é visto como a comida que permitiu a sobrevivência em tempos difíceis", diz o diretor.
O problema é que esse regime está prejudicando a saúde dos negros americanos, que têm taxas maiores de obesidade e diabetes do que os brancos no país e têm o dobro do risco de morrer de derrame até os 75 anos do que outros grupos populacionais, segundo os CDCs (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA).
A pobreza e a ausência de supermercados com boa oferta de alimentos também contribui para o problema, diz Hurt. "Comunidades de negros pobres têm menos acesso a verduras e mais oferta de fast food e comida calórica."
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