sexta-feira, 28 de junho de 2013

'Guerra Mundial Z' estreia hoje; saiba mais sobre a epidemia de zumbis no cinema

folha de são paulo
THALES DE MENEZES
EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"
Por quase duas horas, "Guerra Mundial Z" é espetacular. Nos últimos cinco minutos, uma anêmica conclusão pode deixar o espectador louco da vida. Pelo jeito, Hollywood precisa de uma empresa especializada em criar bons finais de filmes.
Mas uns 110 minutos de emoções fortes já são muito mais do que as produções andam mostrando. Depois de problemas na realização, com estouros de orçamento, mudanças radicais no rumo das filmagens e toda uma sequência de batalha em Moscou jogada no lixo, "Guerra Mundial Z" é uma ótima surpresa.
Os ingredientes estavam na fórmula desde o início: um bom livro como ponto de partida -escrito por Max Brooks, filho do ator e diretor Mel Brooks e famoso pela obra literária ligada a zumbis-, um ator da pesada -Brad Pitt- e um diretor com êxito em empreitadas variadas -Marc Forster, que fez desde adaptação do best-seller "O Caçador de Pipas" a filme do 007.
Divulgação
Brad Pitt na cena em que seu personagem tenta escapar com sua mulher e as duas filhas do grande ataque dos zumbis
Brad Pitt na cena em que seu personagem tenta escapar com sua mulher e as duas filhas do grande ataque dos zumbis
O grande acerto de "Guerra Mundial Z" é não perder tempo. Depois de uma rápida olhada no cotidiano da família de Gerry Lane (Pitt), tão feliz com a mulher e duas filhas lindas que o café da manhã deles parece propaganda de margarina, em cinco minutos de projeção a plateia é arremessada num turbilhão de zumbis atacando o centro financeiro da cidade.
Para escapar dali com a prole, Lane demonstra habilidades que já entregam: ele não é um pai de família comum. Cortando rápido, descobre-se que ele é um ex-agente de campo na ONU, com passagens heroicas e impecáveis pela guerra civil da Líbia e outros conflitos casca-grossa.
Por isso que seu ex-chefe resgata a família Lane da morte certa. Num porta-aviões americano, o ex-soldado é forçado a voltar à ativa para ajudar a conter o avanço de uma epidemia que está transformando toda a população da Terra em zumbis. Mordida por um deles, a pessoa se transforma em morto-vivo depois de poucos segundos.
Obrigado a colaborar em troca da segurança da família, Lane deve proteger um cientista que pretende ir a vários lugares do mundo em busca de informações para chegar a uma cura. Mas tudo que poderia dar errado logo se confirma, e a missão tem reviravoltas bem inesperadas.
A produção do filme tinha medo de ter perdido o momento de lançá-lo. O temor era que o sucesso da série de TV "Walking Dead" nos últimos anos tivesse saturado o tema.
A boa bilheteria mudou tudo. Em poucos dias, o possível fracasso se converteu em anúncio de uma continuação.
Justificável. "Guerra Mundial Z" não é indicado apenas para loucos por zumbis ou adoradores de Brad Pitt -que funciona como herói de ação. Trata-se de uma atração para todo fã de bom cinema.
GUERRA MUNDIAL Z
PRODUÇÃO EUA, 2013
ONDE Cidade Jardim Cinemark 6, Jardim Sul UCI 5 e circuito
AVALIAÇÃO bom

'A minha carreira cinematográfica' *

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COMO TUDO COMEÇOU Em 1968, eu era um zumbi amador, ficava zanzando por aí sem pensar na vida (que eu nem tinha), quando fiz testes com o diretor George A. Romero para um papel em “A Noite dos Mortos-Vivos”. Filme vagabundo, rodado em preto e branco. Um dinheirinho fácil. Eu e meus colegas só precisávamos ficar rondando uma casa e tentar invadir para pegar a garota que se escondeu por lá

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