Estado de Minas: 02/07/2013
Um novo tipo de
revestimento com nanolaminas biocompatíveis desenvolvido no Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT) pode impedir o desligamento ou falhas
em implante ósseo. O trabalho, publicado na revista Science
Translational Medicine, pretende solucionar o problema de milhões de
pessoas que sofrem de quadris quebrados, articulações desgastadas e
outras condições, que exigem implantes ósseos, mas enfrentam
complicações cirúrgicas ou infecções após o procedimento.
Desenvolvido por uma equipe liderada por Paula Hammond, o revestimento pode ser dividido em duas partes. A superior liberta um fator de crescimento chamado BMP-2, conhecido pelo papel na cicatrização de tecidos e na formação óssea. Ele ajuda também a ativar as células formadoras de ossos, os osteoblastos, na medula óssea. Já a camada de base do revestimento, feita de um material cerâmico, atua como uma supercola, auxiliando a formação de uma forte ligação entre o implante e o tecido hospedeiro.
Os pesquisadores realizaram experimentos em ratos com implantes metálicos de titânio e implantes plásticos, e descobriram que os revestidos com as nanocamadas eram mais difíceis de se soltarem em comparação aos implantes sem revestimento ou parcialmente revestidos. Uma análise mais detalhada mostrou que há uma ligação mais firme entre a superfície do implante e o tecido ósseo. “Nós, na verdade, fizemos esse revestimento alternando as camadas do fator de crescimento e polieletrólitos extremamente biocompatíveis. Com isso, fomos capazes de incorporar alternadamente o material nessas camadas, o que possibilitou uma forma de liberação contínua do fator de crescimento”, explica Paula.
Segundo a pesquisadora, essa característica, que é o grande diferencial do trabalho, é importante porque a maioria dos métodos de entrega de fator de crescimento envolve a liberação de uma quantidade grande da substância, muito além do que seria fisiologicamente relevante para o organismo. O novo revestimento permite controlar o quanto da substância será liberada e a que velocidade. “Como fazemos as camadas uma por uma num processo de nanotecnologia, podemos alternar a quantidade de fator de crescimento que é incorporada e mudar as taxas de liberação”, explica. O próximo passo dos pesquisadores será testar o revestimento em modelos animais de grande porte e realizar um ensaio clínico com implantes dentários e de joelho. (BS)
Desenvolvido por uma equipe liderada por Paula Hammond, o revestimento pode ser dividido em duas partes. A superior liberta um fator de crescimento chamado BMP-2, conhecido pelo papel na cicatrização de tecidos e na formação óssea. Ele ajuda também a ativar as células formadoras de ossos, os osteoblastos, na medula óssea. Já a camada de base do revestimento, feita de um material cerâmico, atua como uma supercola, auxiliando a formação de uma forte ligação entre o implante e o tecido hospedeiro.
Os pesquisadores realizaram experimentos em ratos com implantes metálicos de titânio e implantes plásticos, e descobriram que os revestidos com as nanocamadas eram mais difíceis de se soltarem em comparação aos implantes sem revestimento ou parcialmente revestidos. Uma análise mais detalhada mostrou que há uma ligação mais firme entre a superfície do implante e o tecido ósseo. “Nós, na verdade, fizemos esse revestimento alternando as camadas do fator de crescimento e polieletrólitos extremamente biocompatíveis. Com isso, fomos capazes de incorporar alternadamente o material nessas camadas, o que possibilitou uma forma de liberação contínua do fator de crescimento”, explica Paula.
Segundo a pesquisadora, essa característica, que é o grande diferencial do trabalho, é importante porque a maioria dos métodos de entrega de fator de crescimento envolve a liberação de uma quantidade grande da substância, muito além do que seria fisiologicamente relevante para o organismo. O novo revestimento permite controlar o quanto da substância será liberada e a que velocidade. “Como fazemos as camadas uma por uma num processo de nanotecnologia, podemos alternar a quantidade de fator de crescimento que é incorporada e mudar as taxas de liberação”, explica. O próximo passo dos pesquisadores será testar o revestimento em modelos animais de grande porte e realizar um ensaio clínico com implantes dentários e de joelho. (BS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário