Técnica não levou a rejeição e permitiria criar bancos de células, como os de sangue
MARILYNN MARCHIONEDA ASSOCIATED PRESSPesquisadores americanos afirmam ter conseguido um novo avanço na tentativa de usar células-tronco para reparar corações afetados por ataques cardíacos.
Num estudo com 30 pacientes, apresentado na conferência da Associação Americana do Coração, os cientistas usaram células-tronco de doadores para tratar pessoas com problemas cardíacos, e o resultado sugere que a técnica pode ser eficaz e segura.
Hoje, o mais comum é que esse tipo de terapia experimental seja feita usando células-tronco da medula óssea dos próprios doentes, o que evita riscos de rejeição.
No entanto, a nova pesquisa mostrou que o uso de células de outras pessoas também não leva a uma reação do organismo do receptor, desde que as células-tronco sejam bem escolhidas.
Para isso, é preciso se certificar da ausência de moléculas da superfície das células que são ligadas ao fenômeno da rejeição, diz Joshua Hare, coordenador da pesquisa na Universidade de Miami.
O uso das células-tronco diminuiu a presença de cicatrizes não funcionais no coração dos pacientes e melhorou o fôlego deles para a prática de exercícios físicos.
A principal vantagem de usar células de doadores seria a criação de "bancos celulares", que poderiam ser usados imediatamente no caso de um problema cardíaco.
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