Carolina Braga
Estado de Minas : 04/11/2012
Rosário – Com casaca na mão e sorriso no rosto, o diretor artístico da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, maestro Fabio Mechetti, não escondia a satisfação na saída do último concerto da Turnê Mercosul, realizado na quarta-feira, na cidade argentina de Rosário.
“Foi realmente uma experiência importante para a filarmônica – e não apenas musicalmente. Mostramos a validade de todo um projeto que tem sido desenvolvido em Minas Gerais. Distribuímos um cartão de visitas por aqui”, afirmou Mechetti.
No ano que vem, o presidente do Instituto Filarmônica, Diomar Silveira, planeja levar a orquestra para a Colômbia, o Equador e o Peru. “Teremos um bom nome na América do Sul, passo importante para começarmos a ensaiar turnês na Europa e nos Estados Unidos”, comenta.
A filarmônica tocou na Argentina e no Uruguai a convite do Mozarteum, circuito dedicado à música erudita na América Latina. Foram investidos cerca de R$ 400 mil nessa primeira temporada internacional.
Diomar Silveira explica que a experiência foi importante para testar um modelo de parceria capaz de viabilizar outras turnês. As apresentações em Buenos Aires, Montevidéu, Córdoba e Rosário contaram com, no mínimo, 1 mil espectadores. As plateias ficaram visivelmente surpresas com o que ouviram. Depois do último concerto, os músicos foram aplaudidos por senhoras enquanto caminhavam nas ruas de Rosário.
“O mais importante foi mostrar que a filarmônica é uma orquestra de excelência. Estamos provando isso interna e externamente. Agora, falta o estado se apropriar de verdade da orquestra”, conclui Diomar Silveira.
DIÁRIO DE BORDO
O TEMPLO
A acústica do Teatro Colón é tão cultuada que os músicos não falavam em outra coisa no dia da estreia. No rosto deles podia-se observar imensa satisfação de tocar naquele palco. Na plateia, uma espectadora especial: dona Wilma, mãe do maestro Fabio Mechetti.
CARAVANA
Músicos conheceram Rosário, terra de Che Guevara e do jogador Lionel Messi. No dia anterior, a orquestra tocou em Córdoba, onde fica o Teatro del Libertador, o mais antigo da Argentina – que não é tão conservado quanto o Colón e o uruguaio Solís. Ruídos no palco cobraram atenção extra do maestro e dos técnicos, que se movimentavam na coxia durante a apresentação. Detalhe: o pódio de onde Fabio Mechetti regeu a filarmônica estava totalmente “manco”.
O PONTO
Assim como as escolas, orquestras têm inspetoras. Cabe a Karolina Lima monitorar da marcação do ponto pelos músicos aos trajes. O ponto biométrico é portátil. “Ele vai aonde formos. Na Argentina e no Uruguai, parece que essa tecnologia ainda não é difundida. Curiosos, os técnicos dos teatros onde tocamos pegaram os papéis de registro para ver como o sistema funciona”, conta Karolina
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