Carolina Cotta
Estado de Minas: 29/01/2013
Na década de 1970, Minas Gerais entrou para o mapa da astronomia brasileira. O Pico dos Dias, uma formação de 1.864 metros entre os municípios de Brazópolis e Piranguçu, no Sul do estado, foi escolhido para sediar o primeiro observatório do país. Sua boa visibilidade e relevo adequado foram os fatores principais para a escolha do local. A assinatura do contrato para sua montagem, em setembro de 1972, garantiu recursos para a compra de um telescópio – ainda hoje o maior em território brasileiro. Nascia ali o Observatório do Pico dos Dias (OPD), responsável por uma revolução na pesquisa e no ensino da astronomia no Brasil. Quarenta anos depois, Minas se destaca novamente: acaba de ser assinado acordo para a construção, em Juiz de Fora, de um planetário e observatório para divulgação científica.
As obras começam ainda este mês e devem ser finalizadas até 2014. Com o investimento de R$ 20 milhões, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), à frente do projeto, sediará o maior planetário de Minas Gerais e o maior centro didático do país para o ensino da astronomia. Juntos eles formarão um núcleo de diferentes áreas do conhecimento, que serão complementados pela inclusão do Centro de Ciências, que hoje funciona ao lado do Colégio de Aplicação João XXIII. A variedade de telescópios, inclusive móveis, amplia as especificidades do que será apresentado ao público. Dos 12 já adquiridos, um é próprio para a observação do sol.
O projeto nasceu dentro do Centro de Ciências, que em 2007 adquiriu um planetário inflável – o primeiro do estado – e um telescópio robótico de 11 polegadas, que permitiram incluir atividades na área da astronomia. Segundo Elói Teixeira César, coordenador do Centro de Ciências da UFJF, cerca de 80 mil pessoas participaram de sessões do planetário e das noites de observação astronômica. A construção do espaço – que vai abrigar o maior telescópio de ensino universitário do país – dará a profissionais da área, e também a leigos, a oportunidade de conhecer e aprofundar seus conhecimentos sobre astronomia, um tema que fascina muitas pessoas.
“Pesquisas poderão ser desenvolvidas pela universidade. Além disso, o novo prédio do Centro de Ciências abrigará outros espaços, tornando o conhecimento científico acessível a todos”, acrescenta Elói César. O observatório permitirá diversos tipos de contemplação: de detalhes em alta definição das crateras da Lua, distante 384,4 mil quilômetros da Terra, à visualização de uma nebulosa ou galáxia, como Andrômeda, a cerca de 27,55 trilhões de quilômetros. Os anéis de Saturno, os planetas do Sistema Solar e as plêiades – aglomerados estrelares – são outros corpos celestes que ficarão mais próximos do olhar de quem passar pela UFJF.
Referência está no Sul do estado
As obras começam ainda este mês e devem ser finalizadas até 2014. Com o investimento de R$ 20 milhões, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), à frente do projeto, sediará o maior planetário de Minas Gerais e o maior centro didático do país para o ensino da astronomia. Juntos eles formarão um núcleo de diferentes áreas do conhecimento, que serão complementados pela inclusão do Centro de Ciências, que hoje funciona ao lado do Colégio de Aplicação João XXIII. A variedade de telescópios, inclusive móveis, amplia as especificidades do que será apresentado ao público. Dos 12 já adquiridos, um é próprio para a observação do sol.
O projeto nasceu dentro do Centro de Ciências, que em 2007 adquiriu um planetário inflável – o primeiro do estado – e um telescópio robótico de 11 polegadas, que permitiram incluir atividades na área da astronomia. Segundo Elói Teixeira César, coordenador do Centro de Ciências da UFJF, cerca de 80 mil pessoas participaram de sessões do planetário e das noites de observação astronômica. A construção do espaço – que vai abrigar o maior telescópio de ensino universitário do país – dará a profissionais da área, e também a leigos, a oportunidade de conhecer e aprofundar seus conhecimentos sobre astronomia, um tema que fascina muitas pessoas.
“Pesquisas poderão ser desenvolvidas pela universidade. Além disso, o novo prédio do Centro de Ciências abrigará outros espaços, tornando o conhecimento científico acessível a todos”, acrescenta Elói César. O observatório permitirá diversos tipos de contemplação: de detalhes em alta definição das crateras da Lua, distante 384,4 mil quilômetros da Terra, à visualização de uma nebulosa ou galáxia, como Andrômeda, a cerca de 27,55 trilhões de quilômetros. Os anéis de Saturno, os planetas do Sistema Solar e as plêiades – aglomerados estrelares – são outros corpos celestes que ficarão mais próximos do olhar de quem passar pela UFJF.
Referência está no Sul do estado
A história do LNA passa pela consolidação do OPD, e também pela inserção brasileira nos consórcios internacionais e na ampliação de acesso da comunidade astronômica a telescópios modernos e de grande porte. O órgão gerencia a participação brasileira em outros projetos de telescópios. Brasil, EUA, Austrália, Canadá, Argentina e Chile são parceiros do Observatório Gemini, que mantém um telescópio no Chile e outro no Havaí. Com os Estados Unidos, o Brasil ainda é parceiro no telescópio Soar, instalado no Chile. Além disso, o LNA controla a parte brasileira no Canadian France Hawaii Telescope, instalado no Havaí em parceria com Canadá e França.
Segundo Bruno Castilho, diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica, como instituição responsável por viabilizar a infraestrutura observacional óptica e infravermelha para a comunidade científica brasileira, o LNA também passou a desenvolver instrumentação astronômica. Nessa área, tem projetos com a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), além do Jet Propulsion Laboratory (JPL), da Nasa, o National Japanese Observatory (Naoj) e o European Southern Observatory. “Colaboramos com expertise na área de instrumentação e há grande transferência de conhecimento e de tecnologias. Os resultados obtidos têm nos colocado em posição de destaque na área.”
COOPERAÇÃO O LNA está trabalhando em novos projetos de cooperação com os outros órgãos do ministério. Para Castilho, com as facilidades da internet rápida e do controle a distância, tem ficado mais confiável a operação remota ou por fila de telescópios de todo porte. “Aliado ao fato de no Brasil não termos montanhas altas em regiões secas, a estratégia atual de nossa astronomia é de não construir outros telescópios ópticos de grande porte em solo nacional, mas sim participar de consórcios internacionais em observatórios em regiões ótimas para observação astronômica.” Está em trâmite no governo um termo de associação com a European Organization for Astronomical Research in the Southern Hemisphere (ESO).
O Brasil avalia também participar do Large Synoptic Survey Telescope (LSST) que representa uma nova forma de praticar astronomia. Esse telescópio, além de observar alvos individuais, vai criar um gigantesco banco de dados mapeando todo o céu do Hemisfério Sul a cada quatro dias. “Cada vez mais a astronomia aponta para colaborações internacionais para que se alcancem novas possibilidades tecnológicas que vão possibilitar grandes descobertas nos próximos anos.” Para ampliar publicações é preciso investir em educação e treinamento. “No caso da astronomia observacional, para obter dados cada vez melhores e mais profundos temos que investir no acesso a telescópios maiores e com tecnologias novas”, diz Castilho.
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