O vestibular da UFMG...
( ) Tira o sono de alunos e
professores ( ) Tem mais de 40 anos de história ( ) É um
método elogiado e detestado ( ) Foi banido do calendário ontem ( X )
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Patricia Giudice e Landercy Hemerson
Estado de Minas: 20/03/2013
Em decisão
histórica, maior universidade de Minas extingue provas do seu processo
seletivo e adere totalmente ao Enem, com distribuição de vagas pelo
Sistema de Seleção Unificada
a
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tomou ontem uma decisão que
vai afetar todos os estudantes que pleiteiam uma vaga na instituição,
assim como os professores que os preparam. O vestibular tradicional, da
forma como é conhecido desde 1970, quando foi uniformizado pelo governo
federal, foi banido do calendário e será integralmente substituído pelo
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A divisão de vagas ocorre agora
pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Isso quer dizer que a partir
da seleção deste ano para os alunos que vão entrar em 2014 não haverá
mais segunda etapa, que era composta de provas abertas e específicas
para cada curso.
“É um dia histórico, de mudança social
significativa, um avanço na uniformidade de tratamento para todas as
pessoas, independentemente da região onde moram, da condição social; e
mais: isto aqui é uma universidade pública, é um patrimônio do povo
brasileiro”, disse o reitor Clélio Campolina. Durante mais de quatro
horas, o Conselho Universitário se reuniu para decidir sobre a adesão da
universidade ao Sisu. No fim da tarde, os conselheiros votaram: 40
foram a favor, dois contra e dois se abstiveram.
Segundo o
reitor, foram feitos estudos para avaliar a eficácia do Enem como método
unificado de seleção no país. Campolina considerou que o exame tem
qualidade para selecionar os futuros alunos da federal, em uma avaliação
que coincidiu com o dia em que a correção de redações de alunos
contendo erros graves foi questionada nas redes sociais. Apesar das
críticas, o representante da UFMG avaliou que o novo sistema não vai
diminuir a qualidade dos profissionais formados pela instituição
futuramente.
São 6.600 vagas, que no ano passado foram disputadas
por cerca de 19 mil pessoas, em um processo que coleciona críticos e
defensores ferrenhos e que agora deixa de existir. A previsão é de que,
com o Sisu, esse número de concorrentes aumente, já que o sistema é
aberto para todo o país e o aluno não precisa sair do estado de origem
para pleitear uma vaga em Minas. A universidade, porém, ainda não estima
em quanto essa disputa pode aumentar. Ao todo, são 96 cursos ofertados,
alguns com turnos pela manhã e à noite. Apenas para os candidatos a
música e ao curso de belas-artes e artes cênicas o Sisu não valerá,
porque as provas de aptidão permanecem. Esses estudantes farão testes de
habilidade específica na segunda etapa. “O Enem é uma prova muito bem
feita e é uma forma democrática. Brasileiros de qualquer lugar terão a
mesma oportunidade”, afirmou Clélio Campolina.
O Enem foi
parcialmente adotado em 2011 pela UFMG, que manteve sua própria seleção
na segunda etapa do vestibular. De acordo com o reitor, desde então
começou a se discutir a adesão ao Sisu. A questão passou por reuniões do
Conselho de Pesquisa e Extensão, da Câmara de Graduação e, por último,
da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve). As atribuições desse
último órgão serão revistas e o número de pessoal deve diminuir. A
Copeve era a responsável por elaborar os exames de seleção. “A comissão
tem outras atribuições, como a seleção do Colégio Técnico, da educação
no campo e indígena, mas seguramente vai passar por reestruturação.
Vamos diminuir o grupo de pessoas vinculadas, mas ao mesmo tempo
pleitear mais participação no Enem. Já temos vários professores que
participam da prova, mas queremos influenciar mais”, disse o reitor.
No
ano passado, a maior universidade de Minas teve com o vestibular uma
receita de cerca de R$ 5 milhões, que compensou as despesas. De acordo
com Clélio Campolina, uma das vantagens de adotar o Enem é o fim dos
gastos, pois o exame não representa custos para a UFMG. O reitor avalia
que a tendência é de que outras instituições importantes no país entrem
para o Sisu este ano, e que o Brasil tenha um sistema unificado como
outros países, a exemplo dos Estados Unidos. O reitor nega que tenha
havido pressão do Ministério da Educação para adesão, e avalia que a
mudança não afeta a autonomia universitária, defendida por ele e por
representantes de outras instituições públicas de ensino superior. “A
universidade não é obrigada a fazer parte do sistema. Se o adotou, foi
porque quis. Avaliamos que é o melhor e o mundo inteiro adota esse tipo
de modelo unificado. Não há pressão do MEC, os reitores são autônomos”,
afirmou.
Pelo Sisu, o aluno escolhe até duas instituições para se
inscrever e concorre com a nota de corte para cada curso. O sistema não
é adotado por todas as universidades públicas do país. Algumas o usam
para escolha de parte dos alunos. A Universidade Federal do Paraná, por
exemplo, preenche apenas 10% das vagas pelo Sisu, assim como a Unifesp,
com 82%, e a federal do Rio de Janeiro, com 90%. Há também federais que,
mesmo tendo o exame do ensino médio como primeira fase da seleção,
ainda não fazem parte da unificação, como a do Rio Grande do Sul.
Srs. Jornalista
ResponderExcluirToda profissão honesta deveria servir à sociedade na qual está inserida. Para que serve a profissão de Jornalista? O que esta profissão deve ou tem que fazer para cumprir sua missão perante a sociedade? O senhor tem feito sua parte?
Claro que existem jornalistas comprometidos com a verdade, com o bem social, com a qualidade das notícias, mas infelizmente a maioria está comprometida com interesses de grupos e não com a sociedade global. É o seu caso?
Vejamos o caso do Hospital acima referenciado, que está com obras paralisadas e que já consumiu milhões do dinheiro público, sem dar à sociedade o retorno do mesmo.
Não já justificativas que justifiquem a paralização das obras deste hospital (até agora fantasma), quando diversas vidas são perdidas em Belo Horizonte por falta de leitos.
Senhor Jornalista:
Faça a sua parte em relação à sociedade. Investigue este descalabro, ajude a pressionar os poderes executivo e legislativo de nossa cidade.
Dê de volta à sociedade o que ela está lhe dando em forma de audiência. Faça alguma coisa útil para a comunidade onde o senhor está inserido e a partir da qual ganha o seu pão.
Não seja omisso! investigue! Este caso é de fácil investigação e o Hospital é de fundamental importância para a sociedade Belo Horizonte.
Grato
Jorge Savinelli Filho
AIAPMBH - Associação dos Insatisfeito com a Administração Pública de Belo Horizonte
Rua Barão de Coromandel, 37A
Barreiro de Baixo