SÃO PAULO - Passou dos 200 mil o número de pessoas que visitaram a página do Movimento Passe Livre no Facebook nos últimos dias e disseram que irão à nova manifestação convocada pelo grupo para hoje à tarde, em São Paulo. É improvável que tanta gente apareça, mas o que elas escreveram ali ajuda a entender um pouco melhor o que há por trás de sua inquietação.
A garotada tinha três grandes preocupações ontem. A mais urgente era se preparar para a possibilidade de outro confronto violento com a polícia. Veteranos das manifestações anteriores distribuíram dicas para se proteger contra bombas de gás e balas de borracha e orientações para conseguir ajuda em caso de prisão.
A segunda questão, certamente mais complicada, é como encontrar meios de evitar que a energia do movimento se dissipe por falta de clareza sobre seus objetivos. Participantes do grupo organizaram dezenas de enquetes sobre o assunto durante o fim de semana. Não chegaram a grandes conclusões, mas deixaram evidente que o aumento da tarifa de ônibus na cidade não é mais o único motivo que têm para protestar.
Além de melhorias no sistema de transporte público, sua lista de reivindicações passou a incluir nas últimas horas investimentos em educação, o combate à corrupção e o fim dos privilégios dos políticos, para ficar só nos mais votados. Parece o tipo de coisa que as pessoas escrevem num cartaz e depois esquecem de cobrar, mas seria um erro menosprezar o recado dos manifestantes.
A terceira preocupação do grupo é manter distância dos partidos políticos, e não apenas de petistas e tucanos. No fim de semana, houve sugestões para que bandeiras do PSOL e do PSTU, as siglas de esquerda que marcaram presença nas primeiras manifestações, sejam queimadas se aparecerem hoje de novo. É um sinal de alerta para quem está no aquecimento para a campanha eleitoral do ano que vem: vai ser muito difícil conquistar o voto desse pessoal.
A garotada tinha três grandes preocupações ontem. A mais urgente era se preparar para a possibilidade de outro confronto violento com a polícia. Veteranos das manifestações anteriores distribuíram dicas para se proteger contra bombas de gás e balas de borracha e orientações para conseguir ajuda em caso de prisão.
A segunda questão, certamente mais complicada, é como encontrar meios de evitar que a energia do movimento se dissipe por falta de clareza sobre seus objetivos. Participantes do grupo organizaram dezenas de enquetes sobre o assunto durante o fim de semana. Não chegaram a grandes conclusões, mas deixaram evidente que o aumento da tarifa de ônibus na cidade não é mais o único motivo que têm para protestar.
Além de melhorias no sistema de transporte público, sua lista de reivindicações passou a incluir nas últimas horas investimentos em educação, o combate à corrupção e o fim dos privilégios dos políticos, para ficar só nos mais votados. Parece o tipo de coisa que as pessoas escrevem num cartaz e depois esquecem de cobrar, mas seria um erro menosprezar o recado dos manifestantes.
A terceira preocupação do grupo é manter distância dos partidos políticos, e não apenas de petistas e tucanos. No fim de semana, houve sugestões para que bandeiras do PSOL e do PSTU, as siglas de esquerda que marcaram presença nas primeiras manifestações, sejam queimadas se aparecerem hoje de novo. É um sinal de alerta para quem está no aquecimento para a campanha eleitoral do ano que vem: vai ser muito difícil conquistar o voto desse pessoal.
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