quarta-feira, 17 de julho de 2013

Polícia investiga incêndio em pousada do AfroReggae, no Rio

folha de são paulo
Fogo também atingiu jornal local; líder diz que caso foi criminoso
DO RIOUm incêndio atingiu, na madrugada de ontem, uma pousada que a ONG AfroReggae construía na favela da Grota, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio.
No mesmo prédio, de três andares, funcionava a redação do jornal comunitário "A Voz da Comunidade", que também foi destruída.
A polícia investiga se o incêndio foi criminoso.
Um homem, que está internado, é suspeito de ter participado do incêndio. Wagner da Silva, 20, que está no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, teve a prisão preventiva decretada pela suposta participação no crime.
Silva teve 30% do corpo queimado e permanece em observação na UTI. Ele será ouvido pela polícia, ao lado de testemunhas.
José Junior, coordenador do AfroReggae, acredita na hipótese de que o incêndio tenha sido intencional.
"Fomos acordados com o incêndio criminoso da pousada do AfroReggae no Alemão", escreveu no Twitter.
Segundo os bombeiros, o incêndio começou por volta das 4h40 e foi contido uma hora depois. No início da manhã, a polícia fez perícia no local.
O editor do jornal, Rene Silva, postou uma foto da redação da publicação destruída pelo fogo, acompanhada do comentário: "Nem tão bom dia assim, redação do Voz da Comunidade' amanhece assim nesta terça-feira".
TESTEMUNHA
O delegado Reginaldo Guilherme disse que há indícios suficientes para prender Silva.
"Estamos esperando que ele melhore para termos mais informações sobre o incêndio. Uma testemunha contou que o rapaz [Silva], que não é conhecido na comunidade, teria entrado pelo basculante. Estamos apurando todas as vertentes", disse.
Até a conclusão desta edição, Silva não tinha advogado constituído.
    PM do Rio é afastado por 'excessos' em manifestação
    Polícia quer reduzir uso de bombas de gás
    DO RIOO comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, disse ontem que vai afastar um policial do Batalhão de Choque da PM por excesso de força nas recentes manifestações populares no Rio. O nome do policial não foi revelado.
    De acordo com a assessoria de imprensa da PM, o comandante determinou que os policiais militares reduzam o emprego de bombas de gás lacrimogêneo durante as tentativas de dispersar manifestantes exaltados.
    A decisão aconteceu um dia após reunião entre Costa Filho, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, Zaqueu Teixeira, e integrantes de entidades de Direitos Humanos.
    Depois do encontro, Teixeira admitiu que a Polícia Militar cometeu excessos nas recentes manifestações.
    "Houve excessos no uso de gás [lacrimogêneo] e de outros equipamentos não letais. Precisamos que ele [policial militar] possa dosar e fazer uso moderado da força. Junto com a Secretaria de Segurança Pública, vamos criar um grupo de trabalho que possa regular o comportamento desses policiais, com normas de procedimento", disse o secretário.
    Segundo ele, as mudanças serão anunciadas em 30 dias.

      Nenhum comentário:

      Postar um comentário