sábado, 24 de novembro de 2012

A luta contra a Aids - Julio Abramczyk


PLANTÃO MÉDICO
JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com
A luta contra a Aids
O DIA Mundial de Luta contra a Aids será celebrado na semana que vem. Pouco depois dos primeiros casos, em 1981, nos EUA, não havia um único país aonde a nova e desconhecida doença não tivesse chegado.
O mundo entrou em pânico, com a perspectiva de a doença explodir epidemicamente. Parecia a repetição da Peste Negra, no século 14, que devastou a Europa.
Diferentemente da peste, identificada e controlada apenas séculos depois, poucas décadas foram necessárias para colocar um freio à expansão da Aids.
Isso se deve, em parte, à pressão de grupos de apoio aos pacientes, que passaram a exigir das autoridades medicamentos para tratar e controlar a doença.
Em 1987 surgiu o primeiro tratamento, com o AZT. Hoje, são vários os remédios, como tenofovir, lamivulina, efavirenz e etravirina, distribuídos pelo SUS. Ainda não há cura total, mas os remédios controlam a evolução da doença, o que permite boa qualidade de vida.
Segundo a Unaids, órgão das Nações Unidas, tem sido observada queda de 50% de novas infecções pelo HIV em 25 países. No Brasil, o Ministério da Saúde estima em 530 mil os portadores do vírus HIV, dos quais 135 mil não sabem ter o vírus. Desconhecendo a doença, chegarão muito tarde para o tratamento.
Daí a importância da detecção precoce e da campanha promovida pelo Ministério da Saúde nos postos de saúde, com testes gratuitos.

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