Série americana liga político do PT a escândalos de corrupção
Episódio mostra cônsul brasileiro em NY que quer ser presidente
Episódio da série "Person of Interest" exibido na quarta-feira passada pelo canal a cabo Warner Channel ligou o PT a denúncias de corrupção, como revelou o jornal "O Globo" na edição de ontem.
A trama do capítulo envolve um cônsul brasileiro em Nova York que deseja se candidatar à presidência do Brasil pelo PT, mas tem o nome ligado a vários escândalos.
O nome do Partido dos Trabalhadores não é mencionado pelos personagens, mas quando um dos protagonistas conduz uma pesquisa para descobrir o histórico do político, sites aparecem com chamadas em português no estilo "DEM acusa de fraude o comitê eleitoral do PT".
No mesmo capítulo, o ex-agente da CIA John Reese (o ator Jim Caviezel, de "A Paixão de Cristo") precisa proteger a filha do cônsul Hector Campos (Gary Perez, um americano descendente de mexicanos), uma patricinha brasileira vivida por Paloma Guzmán -uma jovem atriz americana, filha de mãe brasileira e pai peruano.
Reese assume o papel de segurança da moça quando o político confessa ao herói que demitiu seis seguranças, porque eram "brasileiros, suscetíveis a suborno, espionagem e vazamento de informações para a imprensa".
Antes, outro personagem teme que a garota, especialista em seis línguas, formada na Suíça e em Oxford, seja sequestrada por traficantes de drogas: "Sequestros com motivações políticas não são incomuns no país dela".
A série é criada por Jonathan Nolan, irmão do diretor Christopher Nolan de "Batman - O Cavaleiro das Trevas", e por J.J. Abrams, superprodutor de "Lost".
O episódio foi assistido por cerca de 14 milhões de pessoas nos Estados Unidos, em 18 de outubro, e liderou o horário entre as séries dramáticas.
O secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas, disse não ter assistido ao episódio. Informado sobre o conteúdo, ele classificou o fato como "esdrúxulo".
Apesar do clima brasileiro de araque do episódio, apenas uma palavra em português é pronunciada: "garanhão". Mas nenhum político foi ligado ao adjetivo.
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