sábado, 24 de novembro de 2012

Série americana liga político do PT a escândalos de corrupção


Série americana liga político do PT a escândalos de corrupção
Episódio mostra cônsul brasileiro em NY que quer ser presidente
DE SÃO PAULOO escândalo do mensalão poderia render um ótimo thriller político. Mas antes de os cineastas brasileiros pensarem em roteiros, os americanos saíram na frente.
Episódio da série "Person of Interest" exibido na quarta-feira passada pelo canal a cabo Warner Channel ligou o PT a denúncias de corrupção, como revelou o jornal "O Globo" na edição de ontem.
A trama do capítulo envolve um cônsul brasileiro em Nova York que deseja se candidatar à presidência do Brasil pelo PT, mas tem o nome ligado a vários escândalos.
O nome do Partido dos Trabalhadores não é mencionado pelos personagens, mas quando um dos protagonistas conduz uma pesquisa para descobrir o histórico do político, sites aparecem com chamadas em português no estilo "DEM acusa de fraude o comitê eleitoral do PT".
No mesmo capítulo, o ex-agente da CIA John Reese (o ator Jim Caviezel, de "A Paixão de Cristo") precisa proteger a filha do cônsul Hector Campos (Gary Perez, um americano descendente de mexicanos), uma patricinha brasileira vivida por Paloma Guzmán -uma jovem atriz americana, filha de mãe brasileira e pai peruano.
Reese assume o papel de segurança da moça quando o político confessa ao herói que demitiu seis seguranças, porque eram "brasileiros, suscetíveis a suborno, espionagem e vazamento de informações para a imprensa".
Antes, outro personagem teme que a garota, especialista em seis línguas, formada na Suíça e em Oxford, seja sequestrada por traficantes de drogas: "Sequestros com motivações políticas não são incomuns no país dela".
A série é criada por Jonathan Nolan, irmão do diretor Christopher Nolan de "Batman - O Cavaleiro das Trevas", e por J.J. Abrams, superprodutor de "Lost".
O episódio foi assistido por cerca de 14 milhões de pessoas nos Estados Unidos, em 18 de outubro, e liderou o horário entre as séries dramáticas.
O secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas, disse não ter assistido ao episódio. Informado sobre o conteúdo, ele classificou o fato como "esdrúxulo".
Apesar do clima brasileiro de araque do episódio, apenas uma palavra em português é pronunciada: "garanhão". Mas nenhum político foi ligado ao adjetivo.

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