sábado, 8 de dezembro de 2012

Paleontólogos acham 'fóssil dentro de fóssil'


Paleontólogos acham 'fóssil dentro de fóssil'
Micróbio ficou preservado dentro de casulo de sanguessuga de 200 milhões de anos
RICARDO BONALUME NETOFolha  DE SÃO PAULOCientistas acharam um fóssil dentro de outro fóssil na Antártida: um micro-organismo preservado em um casulo de sanguessuga de 200 milhões de anos.
A criatura é semelhante aos atuais ciliados, um grupo com mais de 8.000 espécies que tem papel importante na cadeia alimentar em ambientes aquáticos.
A história evolutiva dos ciliados é pouco conhecida, lembra a equipe do pesquisador Thomas Taylor, da Universidade de Kansas (EUA).
Como não possuem partes duras, como ossos ou carapaças, a preservação desse tipo de organismo é difícil e rara, dependendo de uma "armadilha de conservação". É o caso de insetos preservados em âmbar, por exemplo.
Segundo Taylor, um outro meio "peculiar" de fossilização tem sido ignorado pelos paleontólogos, os casulos de vermes e sanguessugas, nos quais são colocados seus ovos. Os casulos surgem de uma substância na forma de um muco, que pode acabar endurecendo de acordo com as condições do ambiente, capturando um micro-organismo nesse processo.
Taylor e equipe estão com esperanças de achar mais micro-organismos, cuja preservação nesse tipo de casulo eles acham que é comum. Isso traria dados valiosos sobre os ecossistemas do passado, afirmam os cientistas.
O estudo saiu na revista científica americana "PNAS".

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