JORNALISMO INVESTIGATIVO
Folha DE SÃO PAULO - A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) realizou ontem um seminário internacional para comemorar os dez anos de existência da entidade. O evento aconteceu na Escola de Comunicações e Artes da USP, em São Paulo.
Ao analisar a situação do jornalismo investigativo na América Latina, o professor Rosental Calmon Alves, da Universidade do Texas, destacou que o Brasil é um dos países mais perigosos do mundo para o exercício da profissão.
Segundo dados do Comitê de Proteção aos Jornalistas, 12 profissionais foram assassinados no país desde 2002 devido a reportagens que produziam. O número pode ser maior, mas a entidade contabiliza apenas os crimes comprovadamente ligados à atividade jornalística.
Foram lembrados casos como o do jornalista da Folha André Caramante, ameaçado após a publicação de reportagem sobre Paulo Telhada, coronel reformado da PM eleito vereador em São Paulo.
Dois profissionais da TV Bandeirantes relataram que um produtor da emissora está sendo ameaçado de morte em razão de matérias sobre uma facção criminosa que age no Estado de São Paulo.
Entre as atividades da Abraji está a capacitação de jornalistas para atuar em áreas de risco e situações de conflito, além de iniciativas pelo direito de acesso a informações públicas.
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