Acordo bipartidário para aumentar verificação de antecedentes não obteve votação suficiente
Dos 60 votos que eram precisos, medida teve apenas 54; presidente Obama diz que dia é "bastante vergonhoso"
Esse era considerado o principal ponto do projeto de lei para estabelecer maior controle de armas no país.
Dessa forma, o governo Obama se vê derrotado em uma de suas prioridades para o segundo mandato.
O tema do controle de armas ganhou interesse da população desde o massacre numa escola primária de Newtown, em Connecticut, que matou 20 crianças e seis adultos em dezembro.
A proposta votada pelo Senado era resultado de acordo bipartidário, alcançado pelos congressistas Joe Wanchin, democrata, e Pat Toomey, republicano, e tinha o apoio do presidente Obama.
Para encerrar a discussão sobre o texto, era necessário obter 60 votos --o que exigiria votação unânime no Partido Democrata, com 53 senadores, mais a adesão de alguns republicanos.
Em seguida, seria preciso obter 51 votos para aprová-la e mandar o projeto de lei para exame da Câmara, onde os republicanos são maioria.
Alguns democratas, porém, se mostraram contra a medida, o que inviabilizou sua aprovação. No final, o placar foi de 54 votos a favor e 46 contrários à proposta.
Após a derrota, o republicano Toomey afirmou: "Fiz o que pensava que era a coisa certa para nosso país".
Obama, cercado de parentes de vítimas de Newtown, lamentou a derrota e disse que o dia era "bastante vergonhoso para Washington".
Nervoso, o presidente declarou que "não havia argumentos coerentes para não aprovarmos a proposta" e acusou republicanos e alguns democratas de "cederem à pressão" de uma minoria a favor das armas.
Em três dos maiores massacres nos EUA --em Columbine (1999), Virginia Tech (2007) e num cinema no Colorado (2012)--, as armas ou munições foram compradas pela internet ou em feiras.
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