Petista também diz que Mercadante, que anunciou desistência, ainda pode ser o nome da sigla para 2014
'PT nunca esteve tão próximo de ganhar o Estado de São Paulo como agora', afirma o ex-presidente
"Eu não acho que seja definitiva a retirada do nome do Mercadante", afirmou. "O que eu estou convencido é de que o PT nunca esteve tão próximo de ganhar o Estado de São Paulo como agora."
Favorito da cúpula petista para a disputa da sucessão de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2014, Mercadante já anunciou que quer ficar no ministério.
Ontem, a assessoria do ministro disse que ele mantém a desistência expressa na carta enviada ao diretório estadual do PT na sexta. Mercadante disputou e perdeu o governo em 2006 e 2010.
Após se vacinar contra a gripe em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) em São Bernardo, Lula disse que ainda é cedo para discutir a eleição.
O petista foi o responsável pela escolha de Fernando Haddad para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2012, o que levou a sigla a recuperar a capital após duas derrotas.
Agora, sua prioridade é tirar o PSDB do Palácio dos Bandeirantes após 20 anos.
Para isso, quer repetir no Estado aliança federal com o PMDB e atrair os partidos de Kassab e Russomanno.
"O PT precisa trabalhar a possibilidade de fazer alianças com todas as forças políticas. O PMDB é extremamente importante. Temos o PSD do Kassab, precisamos conversar com o PRB, pelo qual o Russomanno disputou a prefeitura", disse.
Aliado do ex-governador José Serra (PSDB), Kassab tem dado demonstrações de que deve fechar com o PT em 2014. Ontem, disse que o raciocínio de Lula "tem legitimidade", mas que, no momento, trabalha pela candidatura própria.
Russomanno, que ficou em terceiro na corrida à prefeitura (21% dos votos válidos), é disputado pelo PT e por Alckmin. O PRB vota com os tucanos na Assembleia, mas não tem cargo no primeiro escalão. No plano federal, está com o PT e tem um ministro.
Questionado sobre outros potenciais candidatos do PT, os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e José Eduardo Cardozo (Justiça) e o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, Lula elogiou nominalmente apenas o último. Padilha, no entanto, é quem mais conta com sua simpatia.
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