domingo, 14 de julho de 2013

Cyndi Lauper completa 30 anos de carreira com reality e musical

folha de são paulo
TELEVISÃO
A cantora foi a primeira mulher a vencer o prêmio de teatro Tony na categoria trilha sonora
Ativista LGBT e feminista, ela critica o 'estado de guerra' contra as mulheres nos Estados Unidos
JULIANA GRAGNANICOLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Passados 30 anos da canção "Girls Just Wanna Have Fun", Cyndi Lauper, 60, quer, mas não pode apenas se divertir. Sua vida, segundo relatou à Folha, é "trabalho, trabalho, trabalho".
Neste ano, a cantora se envolveu na criação de "Kinky Boots", musical da Broadway, participou de um reality show ("Fora do Comum", no ar no Brasil no canal VH1, segundas, às 22h30) e fez uma turnê comemorando as três décadas de sua carreira. No final do ano passado, publicou uma autobiografia.
Cyndi diz que muita coisa mudou em três décadas, mas suspira e, depois de alguns segundos, conclui: "Tudo mudou, mas, na realidade, está exatamente igual".
Segundo ela, a energia dos anos 1980, quando chegou ao estrelato, é a mesma. Sua disposição, contudo, é hoje direcionada a projetos diferentes.
Em junho, Cyndi ganhou o Tony, prêmio mais importante do teatro americano, pela composição da trilha sonora de "Kinky Boots". Ela foi a primeira mulher a vencer nessa categoria, em 67 edições da premiação.
Já o reality, diz Cyndi, foi satisfatório porque lhe deu tempo para ficar com a família.
"Meu filho sempre se interessou por produção de vídeo, então achamos que seria legal expô-lo ao mundo da TV."
No programa, o garoto de 15 anos aparece bebendo champanhe e dando selinho em uma moça. E dá uma bronca na mãe por xingar demais na televisão.
"Mas ele viveu uma vida dupla e escondeu aspectos privados, como sua rotina jogando hockey", afirma.
Desde "She's So Unusual" (1983), seu primeiro álbum, Cyndi ficou conhecida por atuar em movimentos pró-LGBT. "True Colors" (1986), canção homônima do segundo disco, virou um hino. Mas hoje ela faz questão de dizer que é também uma feminista.
"Existe um estado de guerra contra as mulheres agora nos EUA e isso me incomoda muito", afirma, embora descarte agir politicamente.
Cyndi elogia a senadora americana Wendy Davis, que discursou durante mais de dez horas no parlamento do Texas, nos EUA, para tentar barrar a aprovação de uma lei que limitava o número de clínicas de aborto no Estado. "É um absurdo castrarem nossos direitos dessa maneira."
A estrela diz que a solução para a opressão e o preconceito é a educação. Ela afirma viver segundo o mantra de uma das canções que compôs para o musical da Broadway: "Você muda o mundo quando muda sua mente".
E cita outras frases da canção, que recomendam "aceitar os outros para se aceitar", "seguir a verdade", ou então "deixar o amor brilhar".

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