Estado de Minas: 14/07/2013
Nem só de
homens-bombas e carros-bombas vive o moderno terrorismo, com ênfase para
o religioso. Também existe o terrorismo do bem, praticado pelos amigos
que me mandam e-mails sobre o aquecimento global, os agrotóxicos e os
alimentos transgênicos. Não há dia em que esses amigos não me mandem
advertências sobre os riscos dos produtos transgênicos, cujo símbolo
virou exemplo de risco de morte iminente, ou eminente, como querem
alguns jovens periodistas.
Não faço à inteligência do leitor a descortesia de informar que nada sei sobre alimentos transgênicos, agrotóxicos e aquecimento global. Só sei que há uma infinidade de caftens explorando o aquecimento, como Albert Arnold “Al” Gore Jr., 64 anos, Nobel da Paz em 2007, o imbecil que, três anos depois de premiado, trocou Mary Elizabeth “Tipper” Gore por uma sirigaita. Que se pode esperar de um ambientalista que, atrás de saia e do que nela se contém, se divorcia depois de 40 anos de casamento? Também sei, porque todos sabemos, que as pessoas que hoje passam dos 90 e mesmo dos 100 só tiveram alimentos com agrotóxicos durante muitas dezenas de anos.
A propósito dos transgênicos, ouçamos Leandro Mariani Mittmann, jornalista do primeiríssimo time, falando da Conferência Agrícola de Oxford, Inglaterra, no dia 3 de janeiro de 2013. Mark Lynas, ativista ambiental britânico, histórico e feroz adversário dos transgênicos, em sua palestra declarou o seguinte: “Peço desculpas por ter passado vários anos destruindo lavouras transgênicas. Lamento também ter ajudado a iniciar o movimento contra os transgênicos em meados de 1990 e, assim, ajudado na demonização de uma opção tecnológica importante, que pode ser usada para beneficiar o meio ambiente”.
Que tal? Para beneficiar o meio ambiente. A palestra de Mark Lynas durou 32 minutos e não cabe nos limites deste suelto, mas basta sua última frase: “Hoje, me arrependo completamente”. Releva notar que o ambientalista combateu os transgênicos durante 23 anos. Em 2012, o mundo plantou 170 milhões de hectares de lavouras geneticamente modificadas, área equivalente a 170 milhões de campos de futebol, como escrevem os “eminentes”.
Nada impede que você, inimigo das plantas geneticamente modificadas, compre um pedacinho de terra em Rio Pomba (MG), para viver dos seus alimentos orgânicos, não transgênicos. Desejo que seja feliz e pare de encher o saco da humanidade.
O crime compensa
Tudo que é veraz é verídico ou veracíssimo, nos conformes do superlativo absoluto sintético. Não é novidade para ninguém, neste país grande e bobo, que o crime compensa. Há exemplos, e são milhares, de brasileiros enriquecidos na política e noutras atividades, muitas delas imorais, mas legais. Sendo legais não configuram crimes. Escrevo para leitores inteligentes em livel de inteligibilidade. Portanto, sei que todos entenderam os “crimes” não capitulados nos códigos, mas imorais.
Esta que o caro, preclaro e antenado leitor de Tiro e Queda vai ler, aqui e agora, foi presenciada num posto médico pela prima de um leitor, que é dos homens mais cultos que conheço, três vezes pós-doutor pelas melhores universidades do planeta.
No posto médico belo-horizontino, a prima do homem ouviu o seguinte diálogo: “Agora não sei como vou fazer. O Fulano está para sair da cadeia e vou ficar sem o dinheiro”. Uma amiga retruca: “É só ele matar mais um e pronto”. Conselho sério de amiga seriíssima: o preso ganha bem mais que um salário mínimo. Alfim e ao cabo, estamos num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.
Balanço existencial
Plagiando Antero Tarquínio de Quental: “...do palácio encantando da ilusão desci a passo e passo a escada estreita”. Fiz o que podia e achei que devia fazer, além de muita coisa que não devia, mas fiz. Só depois de feitas, as coisas nos mostram que eram dispensáveis e foram certamente censuráveis, mas como adivinhá-las? Falta-me o dom divinatório.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, versejou poeta, possivelmente nascido em Lisboa, muito mais antigo, melhor e mais famoso que Antero, açoriano do concelho da Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel.
Em contabilidade, balanço é a demonstração sintética do estado patrimonial de uma empresa ou de entidade (do seu ativo, passivo, capital e patrimônio), por meio de seus investimentos e da origem desses investimentos, feita de acordo com a lei e estatutos. Na vida, é autoanálise escrupulosa daquilo que se fez.
Em rigor, não fui dos piores. É certo que poderia ter sido muito melhor, mas o homem põe e as circunstâncias dispõem.
O mundo é uma bola
14 de julho de 1099: durante a Primeira Cruzada, os exércitos cristãos tomam Jerusalém. Em 1789, início da Revolução Francesa, aquela em que a senhorita Corday matou a facadas o revolucionário Marat numa banheira, como vimos na edição de ontem. Em 1795, aí sim a Revolução Francesa mostrou a que veio: La marseillaise é adotada como hino nacional de França. É muito bonito, ao contrário de outros hinos que levam o jornalista Lauro Diniz às lágrimas cívicas.
Em 1867, o químico sueco Alfred Nobel inventa sua primeira banana de dinamite, material explosivo à base de nitroglicerina, hoje produto muito utilizado nos assaltos aos bancos.
Hoje é feriado em França e em Campinas (SP).
Ruminanças
“A exatidão em citar é um talento muito mais raro do que se imagina.” (Pierre Bayle, 1647-1706)
Não faço à inteligência do leitor a descortesia de informar que nada sei sobre alimentos transgênicos, agrotóxicos e aquecimento global. Só sei que há uma infinidade de caftens explorando o aquecimento, como Albert Arnold “Al” Gore Jr., 64 anos, Nobel da Paz em 2007, o imbecil que, três anos depois de premiado, trocou Mary Elizabeth “Tipper” Gore por uma sirigaita. Que se pode esperar de um ambientalista que, atrás de saia e do que nela se contém, se divorcia depois de 40 anos de casamento? Também sei, porque todos sabemos, que as pessoas que hoje passam dos 90 e mesmo dos 100 só tiveram alimentos com agrotóxicos durante muitas dezenas de anos.
A propósito dos transgênicos, ouçamos Leandro Mariani Mittmann, jornalista do primeiríssimo time, falando da Conferência Agrícola de Oxford, Inglaterra, no dia 3 de janeiro de 2013. Mark Lynas, ativista ambiental britânico, histórico e feroz adversário dos transgênicos, em sua palestra declarou o seguinte: “Peço desculpas por ter passado vários anos destruindo lavouras transgênicas. Lamento também ter ajudado a iniciar o movimento contra os transgênicos em meados de 1990 e, assim, ajudado na demonização de uma opção tecnológica importante, que pode ser usada para beneficiar o meio ambiente”.
Que tal? Para beneficiar o meio ambiente. A palestra de Mark Lynas durou 32 minutos e não cabe nos limites deste suelto, mas basta sua última frase: “Hoje, me arrependo completamente”. Releva notar que o ambientalista combateu os transgênicos durante 23 anos. Em 2012, o mundo plantou 170 milhões de hectares de lavouras geneticamente modificadas, área equivalente a 170 milhões de campos de futebol, como escrevem os “eminentes”.
Nada impede que você, inimigo das plantas geneticamente modificadas, compre um pedacinho de terra em Rio Pomba (MG), para viver dos seus alimentos orgânicos, não transgênicos. Desejo que seja feliz e pare de encher o saco da humanidade.
O crime compensa
Tudo que é veraz é verídico ou veracíssimo, nos conformes do superlativo absoluto sintético. Não é novidade para ninguém, neste país grande e bobo, que o crime compensa. Há exemplos, e são milhares, de brasileiros enriquecidos na política e noutras atividades, muitas delas imorais, mas legais. Sendo legais não configuram crimes. Escrevo para leitores inteligentes em livel de inteligibilidade. Portanto, sei que todos entenderam os “crimes” não capitulados nos códigos, mas imorais.
Esta que o caro, preclaro e antenado leitor de Tiro e Queda vai ler, aqui e agora, foi presenciada num posto médico pela prima de um leitor, que é dos homens mais cultos que conheço, três vezes pós-doutor pelas melhores universidades do planeta.
No posto médico belo-horizontino, a prima do homem ouviu o seguinte diálogo: “Agora não sei como vou fazer. O Fulano está para sair da cadeia e vou ficar sem o dinheiro”. Uma amiga retruca: “É só ele matar mais um e pronto”. Conselho sério de amiga seriíssima: o preso ganha bem mais que um salário mínimo. Alfim e ao cabo, estamos num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.
Balanço existencial
Plagiando Antero Tarquínio de Quental: “...do palácio encantando da ilusão desci a passo e passo a escada estreita”. Fiz o que podia e achei que devia fazer, além de muita coisa que não devia, mas fiz. Só depois de feitas, as coisas nos mostram que eram dispensáveis e foram certamente censuráveis, mas como adivinhá-las? Falta-me o dom divinatório.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, versejou poeta, possivelmente nascido em Lisboa, muito mais antigo, melhor e mais famoso que Antero, açoriano do concelho da Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel.
Em contabilidade, balanço é a demonstração sintética do estado patrimonial de uma empresa ou de entidade (do seu ativo, passivo, capital e patrimônio), por meio de seus investimentos e da origem desses investimentos, feita de acordo com a lei e estatutos. Na vida, é autoanálise escrupulosa daquilo que se fez.
Em rigor, não fui dos piores. É certo que poderia ter sido muito melhor, mas o homem põe e as circunstâncias dispõem.
O mundo é uma bola
14 de julho de 1099: durante a Primeira Cruzada, os exércitos cristãos tomam Jerusalém. Em 1789, início da Revolução Francesa, aquela em que a senhorita Corday matou a facadas o revolucionário Marat numa banheira, como vimos na edição de ontem. Em 1795, aí sim a Revolução Francesa mostrou a que veio: La marseillaise é adotada como hino nacional de França. É muito bonito, ao contrário de outros hinos que levam o jornalista Lauro Diniz às lágrimas cívicas.
Em 1867, o químico sueco Alfred Nobel inventa sua primeira banana de dinamite, material explosivo à base de nitroglicerina, hoje produto muito utilizado nos assaltos aos bancos.
Hoje é feriado em França e em Campinas (SP).
Ruminanças
“A exatidão em citar é um talento muito mais raro do que se imagina.” (Pierre Bayle, 1647-1706)
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