Estado de Minas: 01/05/2013
Eu tinha um show
com o Geraldo Vianna e o Trio Amaranto, no Sesc Palladium, às 20h do
último domingo. Depois de uma tarde calma e alegre com filhos e netos,
saí de casa com uma hora e meia de antecedência. Com o trânsito normal
não demoraria 15 minutos para chegar ao destino. Aí é que entra a falta
de organização e previsão das autoridades responsáveis pela circulação
de veículos e pessoas em nossa cidade. Em qualquer capital, quando uma
aglomeração pública é autorizada, é primário que se anuncie e se ponha
avisos, eletrônicos ou por meio de guardas, para que o motorista faça a
escolha correta de seu itinerário.
Vindo pela Avenida Antônio Carlos, dois são os caminhos para se chegar ao Centro. Um pelo viaduto que leva à Avenida Afonso Pena e outro pelo viaduto que leva à Rua da Bahia. No ponto em que o cidadão tem de se decidir não havia nada. O taxista que me conduzia optou pela segunda via. Depois de percorrer alguns metros, vimos a desordem à nossa frente. Com o agravante que não há, escolhida a direção, possibilidade nenhuma de alterar o rumo. Um longo e sufocante andar de tartaruga nos foi imposto. Gastamos cerca de 50 minutos para percorrer menos de 500 metros. Era uma balbúrdia de carros buzinando, um desentendimento total. Sinais se abriam e fechavam sem que ninguém andasse um metro.
Era uma concentração na Praça da Estação e, nessa altura, eu que me encaminhava para participar do Três estações – Caymmi já estava temendo não chegar a tempo à minha obrigação e prazer. O tempo corria e nada me aliviava. Depois de muita paciência e espera, chegamos à boca da Rua da Bahia. Os da frente se movimentaram e o táxi, enfim, viu espaços se abrirem. Quando íamos atravessar a esquina, um veículo à nossa frente bobeou e quando íamos passar, um policial fechou nossa passagem para que uma multidão atravessasse. Inquieto, virei para o motorista e disse algo como “puta merda, que azar”.
Eis que o PM contorna o táxi e me pergunta: “O que o senhor disse?”. Nada, estou conversando com o taxista. “Nada disso”, ele retrucou, “o senhor me mandou tomar naquele lugar. Saia do carro, o senhor está preso. Me dê seu documento”. Surrealismo total. Entreguei o documento, mas não saí do táxi que, agora, no meio da rua, passava a atravancar os que vinham atrás. Mais uns 15 minutos se passaram e disse aos colegas dele que não falara com a “autoridade”. Quando já me conformara em não chegar a tempo ao meu compromisso, desci, conversei com ele, que parece que consultou seus superiores. Disse-me que como eu tinha bons antecedentes não me prenderia.
Entendi, por sua fala, que estava muito chateado por gastar o seu domingo trabalhando. Ministrou uma pequena lição de urbanidade mas, antes de nos liberar, ameaçou o taxista por ter dito que eu não dissera nada para ele, que estávamos falando entre nós. “Nunca mais fique a favor do cliente.” Seguimos nosso caminho, agora aberto, e cheguei em cima da hora ao teatro. Mas não posso me esquecer de como é desagradável conviver com a prepotência dos que se sentem donos da verdade.
Vindo pela Avenida Antônio Carlos, dois são os caminhos para se chegar ao Centro. Um pelo viaduto que leva à Avenida Afonso Pena e outro pelo viaduto que leva à Rua da Bahia. No ponto em que o cidadão tem de se decidir não havia nada. O taxista que me conduzia optou pela segunda via. Depois de percorrer alguns metros, vimos a desordem à nossa frente. Com o agravante que não há, escolhida a direção, possibilidade nenhuma de alterar o rumo. Um longo e sufocante andar de tartaruga nos foi imposto. Gastamos cerca de 50 minutos para percorrer menos de 500 metros. Era uma balbúrdia de carros buzinando, um desentendimento total. Sinais se abriam e fechavam sem que ninguém andasse um metro.
Era uma concentração na Praça da Estação e, nessa altura, eu que me encaminhava para participar do Três estações – Caymmi já estava temendo não chegar a tempo à minha obrigação e prazer. O tempo corria e nada me aliviava. Depois de muita paciência e espera, chegamos à boca da Rua da Bahia. Os da frente se movimentaram e o táxi, enfim, viu espaços se abrirem. Quando íamos atravessar a esquina, um veículo à nossa frente bobeou e quando íamos passar, um policial fechou nossa passagem para que uma multidão atravessasse. Inquieto, virei para o motorista e disse algo como “puta merda, que azar”.
Eis que o PM contorna o táxi e me pergunta: “O que o senhor disse?”. Nada, estou conversando com o taxista. “Nada disso”, ele retrucou, “o senhor me mandou tomar naquele lugar. Saia do carro, o senhor está preso. Me dê seu documento”. Surrealismo total. Entreguei o documento, mas não saí do táxi que, agora, no meio da rua, passava a atravancar os que vinham atrás. Mais uns 15 minutos se passaram e disse aos colegas dele que não falara com a “autoridade”. Quando já me conformara em não chegar a tempo ao meu compromisso, desci, conversei com ele, que parece que consultou seus superiores. Disse-me que como eu tinha bons antecedentes não me prenderia.
Entendi, por sua fala, que estava muito chateado por gastar o seu domingo trabalhando. Ministrou uma pequena lição de urbanidade mas, antes de nos liberar, ameaçou o taxista por ter dito que eu não dissera nada para ele, que estávamos falando entre nós. “Nunca mais fique a favor do cliente.” Seguimos nosso caminho, agora aberto, e cheguei em cima da hora ao teatro. Mas não posso me esquecer de como é desagradável conviver com a prepotência dos que se sentem donos da verdade.
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