Proposta do governo federal de trazer profissionais de saúde de fora do Brasil tem apoio de 47% e rejeição de 48%
Pesquisa Datafolha também mostra que 56% dos entrevistados apoiam recursos do petróleo na educação
Pesquisa Datafolha revela que 47% são favoráveis, e 48%, contrários à principal medida para melhorar área da saúde reforçada pela presidente Dilma Rousseff após a onda de protestos pelo país.
A aprovação ao projeto é maior entre os mais jovens (51%), entre os menos escolarizados (56%), entre os mais pobres (54%) e entre os moradores do Nordeste (56%).
Quanto maior o grau de escolaridade e a renda familiar mensal do entrevistado, menor é o apoio à contratação de médicos estrangeiros.
Entre os menos escolarizados (com ensino fundamental), a rejeição à proposta é de 38%, passa a 51%, entre os entrevistados com escolaridade média (ensino médio), e chega a 66%, entre os mais escolarizados (ensino superior).
Tendência semelhante é observada por segmento de renda. Entre os mais pobres (com renda familiar mensal de até dois salários mínimos), a rejeição é de 41%, vai a 52% entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos e chega a 62%, entre os que têm renda de cinco a dez salários mínimos.
No levantamento, feito nos dias 27 e 28 de junho, foram ouvidas 4.717 pessoas em 196 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
EDUCAÇÃO
A pesquisa também quis saber se os brasileiros concordam com o destino dos impostos pagos pelas empresas de petróleo para o setor da educação. O resultado mostra que 56% apoiam a medida.
Na semana passada, pressionada pelos protestos que tomaram as ruas, a Câmara aprovou o projeto que destina para a educação 75% das receitas com royalties dos novos campos de petróleo (os 25% restantes vão para a saúde).
O índice dos que aprovam a transferência do dinheiro para a educação, segundo o levantamento do Datafolha, é maior entre os mais os mais jovens (61%), entre os moradores do Nordeste (63%), entre os que vivem nas capitais (65%) e entre os mais escolarizados e mais ricos (66%, cada um).
Já 40% consideram que esses impostos não deveriam ter um destino especifico, cabendo aos governantes decidir livremente onde investir.
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