Atores como Mark Wahlberg apostam em negócios paralelos aos filmes
Ashton Kutcher tem ações em empresas bilionárias e Sandra Bullock toma conta de bistrô e doceria no Texas
Afinal, alguns atores e atrizes têm carreiras curtas. Outros cineastas dependem de resultados constantes.
Orson Welles (1915-1985), por exemplo, considerado um dos maiores cineastas da história, morreu cheio de dívidas. Não havia dinheiro nem para o funeral, realizado nos fundos de um prédio caindo aos pedaços em Los Angeles.
"Não tem um dia em que não penso no futuro e no da minha família. Eu preciso ter disciplina para ser bom nos negócios e, graças a Deus, estão todos indo bem", conta o ator Mark Wahlberg.
Ele ganhou US$ 30 milhões (R$ 68 milhões) para protagonizar "Transformers 4", previsto para 2014, mas já viu o irmão Donnie amargar o fracasso financeiro como membro da boyband New Kids on The Block.
Wahlberg possui vários "planos B". Além de produzir séries, é dono de uma marca de água energética chamada AQUAhydrate, possui a rede de fast-food Wahlburger, que começou em Boston, sua cidade natal, e está ganhando unidades até na Inglaterra, e mantém um restaurante para a mãe gerenciar.
"Sou um ator, mas sou um homem de negócios", diz o astro em Miami, ao promover o longa "Sem Dor, Sem Ganho", que estreia no Brasil em 23/8 e teve um resultado fraco nos EUA, com US$ 49 milhões (R$ 111 milhões), número abaixo do esperado para um longa com Wahlberg e The Rock.
Mas o ator não perdeu a oportunidade: aproveitou o tema do filme sobre personal trainers criminosos para distribuir vitaminas com sua marca (Marked) para a imprensa.
Difícil é estimar quanto cada ator lucra com seus negócios paralelos, já que são empresas privadas e sem obrigação de divulgar resultados. No entanto, há astros que ganham mais como empreendedores que no cinema.
Jessica Alba ("Sin City"), atriz que nunca passou para o primeiro time de Hollywood, tem uma empresa de vendas online de produtos não tóxicos para bebês que rende US$ 27 milhões ao ano.
Ashton Kutcher é o ator mais bem pago da TV, com US$ 700 mil (R$ 1,6 milhão) por episódio de "Two and a Half Men", mas ele pode lucrar muito mais com ações de empresas de tecnologia como Skype (vendida por US$ 8 bilhões para a Microsoft) e Airbnb, avaliada hoje em US$ 1 bilhão (R$ 2,3 bilhões).
Por outro lado, há celebridades que investem em suas paixões. Sandra Bullock, que fatura US$ 20 milhões (R$ 45 milhões) por filme, sempre é vista em seu bistrô e na sua doceira em Austin, Texas.
Hugh Jackman ("Wolverine") compra café de um fazendeiro etíope para a sua cafeteria The Laughing Man, em Nova York, e repassa os lucros para uma organização africana de combate à pobreza.
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