sábado, 2 de março de 2013

Da Escola Base à UTI de Curitiba

folha de são paulo

PLANTÃO MÉDICO
JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com
HÁ 19 anos, os responsáveis pela Escola de Educação Infantil Base foram surpreendidos por um redemoinho de acusações, todas falsas.
Receberam reparação financeira por danos morais mas, para as sequelas dos danos emocionais, não houve nem haverá consolo.
No dia 19 deste mês, foi presa a médica-chefe da UTI de um hospital universitário de Curitiba, onde atuava há vários anos. Dias depois, o mesmo ocorreu com três outros médicos da mesma UTI.
O crime: eutanásia (abreviar a vida, sem dor ou sofrimento, de doente incurável).
Até o dia 23, o Conselho Regional de Medicina do Paraná nunca havia recebido denúncia contra a UTI. Com insistência, solicitou à Polícia cópia dos autos, recebida no dia 26, por decisão judicial.
A direção do hospital, indiferente ao destino dos médicos, apenas comunicou mudanças na equipe.
Da mesma forma que no escândalo da Escola Base, é possível que seja outra a verdadeira história.
Uma UTI dispõe de avançados recursos e tratamentos de suporte a doentes em risco de vida. Os pacientes, encaminhados à UTI, em situação crítica, têm ali maior chance de sobrevivência que no leito comum do hospital.
Apesar disso, segundo explica o professor J. Randall Curtis, da Universidade de Washington, na revista "Lancet", por mais avançados que sejam os recursos de uma UTI, esse é o local onde a morte é comum e cuidados de fim de vida são constantes.

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