A morte de Margaret Thatcher reaviva uma era de transformação no Reino Unido. Famosa pela coragem política e pelas convicções, liderou seu país numa grande reversão de sociedade regulada para economia de mercado. Seu governo ficou marcado, contudo, por conflitos e protestos decorrentes da perda de benefícios e empregos em indústrias ineficientes.
Menos conhecido, mas talvez mais influente, foi o arquiteto da recuperação europeia do pós-Guerra, o economista alemão Ludwig Erhard. Antinazista convicto, famoso pela inteligência, foi nomeado em 1947 chefe do programa de recuperação econômica alemã.
A economia do país estava estagnada. Não havia produtos, empregos nem esperança de futuro melhor após uma guerra desastrosa. A administração econômica baseava-se num planejamento detalhado da economia pelo governo, com salários, preços e investimentos controlados e sucessivos planos econômicos fracassados. A intenção dos administradores era a melhor possível. A Alemanha tinha que ser ressuscitada para que houvesse paz na Europa, mas a resposta continuava a ser mais planos e intervenção governamental.
A primeira medida de Erhard causou tremendo choque: abandonar todas as intervenções e tornar a economia completamente livre. O general americano Lucius Clay, chefe das tropas aliadas de ocupação, entrou na sala de Erhard dizendo que todos os seus bons consultores econômicos pensavam que ele estava maluco. Sua resposta o surpreendeu: "General, os meus conselheiros dizem a mesma coisa".
Erhard era um defensor solitário do livre funcionamento do mercado e da ligação da liberdade econômica com a liberdade pessoal e política. Achava que os empresários alemães, grandes e pequenos, eram os que melhor sabiam o que produzir e vender, e que o preço deveria ser definido pela oferta e procura. O general deixou a reunião rezando, mas, em pouco tempo, os produtos voltaram às prateleiras e a enorme máquina econômica alemã começou a renascer. Em 1949, ocorreram as primeiras eleições no pós-Guerra, e Erhard foi nomeado ministro da Fazenda no governo do chanceler Konrad Adenauer.
Juntos, criaram a econo- mia social de mercado ("Soziale Marktwirtschaft"), o impressionante Estado de Bem-Estar Social, que os eleitores alemães apoiaram desde então. Mas só conseguiram criá-lo porque foram financiados por uma forte economia de mercado, que trouxe à tona o melhor do país.
Enquanto Thatcher será lembrada pelo choque de liberalismo com cortes de benefícios, Erhard passou à história pela criação de uma máquina econômica capitalista que sustenta um sistema forte e equilibrado de programas sociais.
Menos conhecido, mas talvez mais influente, foi o arquiteto da recuperação europeia do pós-Guerra, o economista alemão Ludwig Erhard. Antinazista convicto, famoso pela inteligência, foi nomeado em 1947 chefe do programa de recuperação econômica alemã.
A economia do país estava estagnada. Não havia produtos, empregos nem esperança de futuro melhor após uma guerra desastrosa. A administração econômica baseava-se num planejamento detalhado da economia pelo governo, com salários, preços e investimentos controlados e sucessivos planos econômicos fracassados. A intenção dos administradores era a melhor possível. A Alemanha tinha que ser ressuscitada para que houvesse paz na Europa, mas a resposta continuava a ser mais planos e intervenção governamental.
A primeira medida de Erhard causou tremendo choque: abandonar todas as intervenções e tornar a economia completamente livre. O general americano Lucius Clay, chefe das tropas aliadas de ocupação, entrou na sala de Erhard dizendo que todos os seus bons consultores econômicos pensavam que ele estava maluco. Sua resposta o surpreendeu: "General, os meus conselheiros dizem a mesma coisa".
Erhard era um defensor solitário do livre funcionamento do mercado e da ligação da liberdade econômica com a liberdade pessoal e política. Achava que os empresários alemães, grandes e pequenos, eram os que melhor sabiam o que produzir e vender, e que o preço deveria ser definido pela oferta e procura. O general deixou a reunião rezando, mas, em pouco tempo, os produtos voltaram às prateleiras e a enorme máquina econômica alemã começou a renascer. Em 1949, ocorreram as primeiras eleições no pós-Guerra, e Erhard foi nomeado ministro da Fazenda no governo do chanceler Konrad Adenauer.
Juntos, criaram a econo- mia social de mercado ("Soziale Marktwirtschaft"), o impressionante Estado de Bem-Estar Social, que os eleitores alemães apoiaram desde então. Mas só conseguiram criá-lo porque foram financiados por uma forte economia de mercado, que trouxe à tona o melhor do país.
Enquanto Thatcher será lembrada pelo choque de liberalismo com cortes de benefícios, Erhard passou à história pela criação de uma máquina econômica capitalista que sustenta um sistema forte e equilibrado de programas sociais.
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