Muitos analistas anunciam o fim da era do dólar fraco em relação a uma cesta abrangente de moedas.
No Brasil, quando o real se deprecia, muitos falam em aumento do dólar. Sim, é um aumento do dólar ante o real, mas não necessariamente ante as demais moedas.
O que se discute agora é o fortalecimento do dólar diante da maioria das moedas, independentemente do real.
O dólar passou por um processo histórico de depreciação em função dos deficit comerciais crescentes dos EUA, gerados pelo aumento das importações de bens de consumo e energia durante décadas.
A crise reverteu essa tendência. A aversão ao risco gerou grande demanda pelo dólar como moeda de reserva de valor. Mas ele voltou a se depreciar com o programa de aumento agressivo de liquidez do Fed (o BC dos EUA).
Agora, com a aproximação do momento de normalização da política monetária americana, espera-se a continuidade do fortalecimento do dólar. Há razões para isso.
A economia americana se ajustou antes da Europa e do Japão, restaurando com relativa rapidez a capacidade dos bancos de emprestar. Já as empresas do país investiram muito em produtividade e reestruturações, elevando a margem de lucro mesmo com a lenta retomada econômica.
Paralelamente, a exploração do gás de xisto evoluiu com rapidez. Os EUA estão não só recuperando autossuficiência energética, mas estão em processo de reindustrialização liderado por setores intensivos em energia, já que o preço do gás no país ficou menor do que o praticado em outros países.
Finalizando esse quadro, o ajuste fiscal americano, que levaria ao temido abismo fiscal, está tendo efeito ne- gativo menor do que o esperado no curto prazo e efei- to positivo nas expectativas de longo prazo.
Tudo isso fortalece o dólar e traz como consequência uma mudança nos fluxos de capital, que, conjugada com a perspectiva futura de aumento de juros nos EUA, deve ser objeto de atenção das autoridades econômicas dos países que têm baixa taxa de poupança e que necessitam de recursos externos para crescer, como é o caso do Brasil.
Não há dúvida de que não há crise à vista, já que os US$ 380 bilhões de reservas internacionais do Banco Central do Brasil fornecem um amortecedor adequado para qualquer ajuste futuro.
Temos, no entanto, que pensar cuidadosamente no nosso modelo de crescimento, visando evitar problemas no futuro, quando se confi-gurar uma mudança dos fluxos de capital globais em função de uma economia americana que atraia parte dos capitais hoje destinados a outros países.
No Brasil, quando o real se deprecia, muitos falam em aumento do dólar. Sim, é um aumento do dólar ante o real, mas não necessariamente ante as demais moedas.
O que se discute agora é o fortalecimento do dólar diante da maioria das moedas, independentemente do real.
O dólar passou por um processo histórico de depreciação em função dos deficit comerciais crescentes dos EUA, gerados pelo aumento das importações de bens de consumo e energia durante décadas.
A crise reverteu essa tendência. A aversão ao risco gerou grande demanda pelo dólar como moeda de reserva de valor. Mas ele voltou a se depreciar com o programa de aumento agressivo de liquidez do Fed (o BC dos EUA).
Agora, com a aproximação do momento de normalização da política monetária americana, espera-se a continuidade do fortalecimento do dólar. Há razões para isso.
A economia americana se ajustou antes da Europa e do Japão, restaurando com relativa rapidez a capacidade dos bancos de emprestar. Já as empresas do país investiram muito em produtividade e reestruturações, elevando a margem de lucro mesmo com a lenta retomada econômica.
Paralelamente, a exploração do gás de xisto evoluiu com rapidez. Os EUA estão não só recuperando autossuficiência energética, mas estão em processo de reindustrialização liderado por setores intensivos em energia, já que o preço do gás no país ficou menor do que o praticado em outros países.
Finalizando esse quadro, o ajuste fiscal americano, que levaria ao temido abismo fiscal, está tendo efeito ne- gativo menor do que o esperado no curto prazo e efei- to positivo nas expectativas de longo prazo.
Tudo isso fortalece o dólar e traz como consequência uma mudança nos fluxos de capital, que, conjugada com a perspectiva futura de aumento de juros nos EUA, deve ser objeto de atenção das autoridades econômicas dos países que têm baixa taxa de poupança e que necessitam de recursos externos para crescer, como é o caso do Brasil.
Não há dúvida de que não há crise à vista, já que os US$ 380 bilhões de reservas internacionais do Banco Central do Brasil fornecem um amortecedor adequado para qualquer ajuste futuro.
Temos, no entanto, que pensar cuidadosamente no nosso modelo de crescimento, visando evitar problemas no futuro, quando se confi-gurar uma mudança dos fluxos de capital globais em função de uma economia americana que atraia parte dos capitais hoje destinados a outros países.
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