O crescimento do PIB brasileiro de 0,6% decepcionou analistas, empresários e trabalhadores. No momento em que discutimos o que fazer para crescer mais, é interessante olhar outros países.
Exemplo importante é o da China, onde a produção industrial caiu pela primeira vez em sete meses. O país, que dependia muito de EUA e Europa, enfrentou a contração das exportações pós-crise de 2008 com investimentos maciços em infraestrutura e estímulo a crédito e consumo.
Mas hoje as previsões de crescimento recuam, e cresce a preocupação com o alto endividamento do governo e do setor privado. A China enfrenta ainda questões estruturais, como o aumento do custo do trabalho, as limitações da moeda desvalorizada e o envelhecimento da população.
Analisando as causas do problema, verifica-se que fortes controles governamentais sobre preço da energia, câmbio e juros, entre outros, resultaram em má alocação de capital e crescimento desequilibrado.
Agora líderes chineses creem que maior despesa pública e intervenção governamental poderiam piorar a situação.
O novo premiê chinês, Li Keqiang, disse no mês passado que "o governo central reduzirá o papel do Estado na economia visando liberar a energia criativa da nação".
Há também esforços para reduzir controles e distorções de preços. "Se seguirmos dependendo excessivamente do direcionamento do governo nos mercados e de políticas econômicas para estimular o crescimento, será difícil criar crescimento sustentável, e isso pode produzir novos problemas e riscos", disse Li.
Numa frase surpreendente para um governo ainda formalmente comunista, Li afirmou: "O mercado é o criador da riqueza social e do desenvolvimento econômico autossustentável". Disse ainda que o governo deve tornar a administração menor e mais eficiente e delegar poderes ao setor privado para estimular investimento. E sugeriu que a intervenção governamental foi parcialmente responsável pela criação de excesso de capacidade produtiva e má alocação de capitais.
Pequim já sinaliza que, apesar da desaceleração, é improvável a adoção de mais estímulos como os de 2008. E que se preocupa com o aumento da dívida pública, principalmente nas províncias, e da inadimplência bancária.
Medidas têm sido tomadas para transferir poder de decisão à iniciativa privada, eliminando controles e burocracia para facilitar o desenvolvimento dos negócios. Se exitosas, transformarão a China em competidor ainda mais forte e inovador, com maior equilíbrio no investimento e no consumo.
Disse o premiê, finalmente: "Toda a sociedade aguarda ardentemente novas reformas fundamentais".
Exemplo importante é o da China, onde a produção industrial caiu pela primeira vez em sete meses. O país, que dependia muito de EUA e Europa, enfrentou a contração das exportações pós-crise de 2008 com investimentos maciços em infraestrutura e estímulo a crédito e consumo.
Mas hoje as previsões de crescimento recuam, e cresce a preocupação com o alto endividamento do governo e do setor privado. A China enfrenta ainda questões estruturais, como o aumento do custo do trabalho, as limitações da moeda desvalorizada e o envelhecimento da população.
Analisando as causas do problema, verifica-se que fortes controles governamentais sobre preço da energia, câmbio e juros, entre outros, resultaram em má alocação de capital e crescimento desequilibrado.
Agora líderes chineses creem que maior despesa pública e intervenção governamental poderiam piorar a situação.
O novo premiê chinês, Li Keqiang, disse no mês passado que "o governo central reduzirá o papel do Estado na economia visando liberar a energia criativa da nação".
Há também esforços para reduzir controles e distorções de preços. "Se seguirmos dependendo excessivamente do direcionamento do governo nos mercados e de políticas econômicas para estimular o crescimento, será difícil criar crescimento sustentável, e isso pode produzir novos problemas e riscos", disse Li.
Numa frase surpreendente para um governo ainda formalmente comunista, Li afirmou: "O mercado é o criador da riqueza social e do desenvolvimento econômico autossustentável". Disse ainda que o governo deve tornar a administração menor e mais eficiente e delegar poderes ao setor privado para estimular investimento. E sugeriu que a intervenção governamental foi parcialmente responsável pela criação de excesso de capacidade produtiva e má alocação de capitais.
Pequim já sinaliza que, apesar da desaceleração, é improvável a adoção de mais estímulos como os de 2008. E que se preocupa com o aumento da dívida pública, principalmente nas províncias, e da inadimplência bancária.
Medidas têm sido tomadas para transferir poder de decisão à iniciativa privada, eliminando controles e burocracia para facilitar o desenvolvimento dos negócios. Se exitosas, transformarão a China em competidor ainda mais forte e inovador, com maior equilíbrio no investimento e no consumo.
Disse o premiê, finalmente: "Toda a sociedade aguarda ardentemente novas reformas fundamentais".
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