FOLHA de são paulo VERÃO
Atividade praticada sobre pranchão com remo ganha adeptos em praias e lagoas cariocas; aula custa R$ 80 a hora
Fotos Daniel Marenco/Folhapress | ||
Paulo Henrique Marinho, 27, pratica SUP ioga no canal da Barra, no Rio |
A atividade é praticada sobre um pranchão com remo -assim como o stand up paddle ou SUP. No lugar do tradicional tapete da ioga, um suporte flutuante na água.
A nutricionista mineira Isabella Telles Vorcaro, 30, pratica swásthya ioga há quatro anos em terra firme e há um ano na água.
Ela conta que aderiu à modalidade na lagoa dos Ingleses, em Belo Horizonte.
Continuou na atividade quando se mudou para o Rio.
"A integração com a natureza é perfeita", diz ela.
"Dá uma flexibilidade que proporciona autoconhecimento e concentração. É uma terapia que aumenta sua energia vital", afirma.
De cabeça para baixo na prancha, a mineira mantém o equilíbrio na lagoa do canal da Barra da Tijuca, a menos de 100 metros do mar.
"Você precisa de pouco vento e águas tranquilas", explica. "O abdômen é o seu centro de equilíbrio. Ainda trabalha os braços e as pernas", conta Isabella.
A empresária Etienne Bittencourt, 27, pratica a técnica em solo há cinco anos e, na última semana, procurou a atividade na água, com a intenção de "superar limites".
"Fazer o que eu gosto ao ar livre é um desafio", diz.
Professora de hatha ioga há seis anos, Thaíse Titon, 29, lembra que é necessário ter noção de stand up paddle.
"Também vai depender do corpo, do equilíbrio... Fora isso, acho essa integração fantástica porque os surfistas sempre buscaram a ioga."
Para veranistas e profissionais da área, a atividade deve ganhar popularidade no verão. Já ganhou até prancha exclusiva, a "SUP zen".
"É mais larga que as pranchas convencionais. Tem o fundo bem plano e é feita toda em epoxy, o que a torna bem estável, resistente e leve [com um peso de 10 a 12 kg]", afirma o shaper Edgard Gomes, 40, da Edgo Surfboards.
Ele conta que teve o primeiro contato com o ioga paddle em fevereiro, no Havaí. A partir daí, introduziu o novo modelo de prancha no Rio.
AULAS NA PRAIA
O remo, o deque e o conjunto de quilhas são essenciais. O custo do equipamento começa em R$ 2.800.
Outra possibilidade é buscar professores que forneçam o material emprestado.
O carioca Marcelo Medeiros, 41, dá aula particular por R$ 80 a hora.
Ele reúne no máximo três alunos na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul, ou no Recreio dos Bandeirantes, próximo à pedra da Macumba.
"O melhor horário para entrar no mar é por volta das 6h, porque tem pouco vento e a ondulação está boa", diz.
Aluno de Medeiros, o gerente comercial Paulo Henrique Marinho, 27, diz que trocou a ioga bikram, praticada numa sala a cerca de 42ºC, pelo SUP ioga. "Junta o prazer de estar no mar com os benefícios para o corpo."
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